
O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta segunda-feira que a tentativa de retirar a presidente Dilma Rousseff do cargo levaria o Pa�s a uma "convuls�o". Em um duro discurso da tribuna da Casa, o petista disse que Dilma n�o vai "renunciar nem ser impedida de governar" at� 2018 e fez quest�o de mandar um recado para a oposi��o de que qualquer a��o para tentar retir�-la da Presid�ncia "n�o ser� aceita por n�s".
"N�o pensem, esses entusiasmados golpistas, que n�s ver�amos passivamente uma presidenta legitimamente eleita pela maioria dos votos dos brasileiros ser derrubada e ir�amos pra casa colocar o pijama e assistir � novela das oito", afirmou. "N�o. Este Pa�s entraria numa completa convuls�o porque sem legalidade e legitimidade, nenhuma coaliz�o pol�tica que sucedesse Dilma poderia ser aceita pelos brasileiros", completou.
O l�der do PT faz uma cr�tica velada � atua��o do senador A�cio Neves (PSDB-MG), derrotado por Dilma na elei��o de outubro. Segundo ele, alguns atuam para que se tenha uma crise n�o s� do governo, mas do Pa�s, e que aqueles que agem com responsabilidade e altivez j� come�aram a externar sua "inquietude" com o estilo "playboy" de que alguns t�m se valido para ati�ar a crise e incendiar o Brasil.
"As consequ�ncias s�o evidentes, quem vai ganhar com a possibilidade de perda da nota do Brasil em rela��o � sua condi��o de Pa�s bom pagador e onde vale a pena investir?", questionou o petista.
Erros
O l�der do PT fez um chamamento das responsabilidades de Dilma. Segundo ele, � for�oso que o governo reconhe�a os erros cometidos e conversar com todos os setores, com di�logo "realmente efetivo, que v� al�m da ret�rica". "A presidenta tem de restaurar sua base parlamentar neste Congresso Nacional, principalmente na C�mara, onde temos rompido pontes desde o primeiro mandato at� a insustent�vel situa��o de nos encontrarmos ilhados atualmente", defendeu.
Humberto Costa disse que no Senado ainda n�o foi garantida uma base em car�ter satisfat�rio, citando que isso ficou evidenciado no primeiro mandato. Segundo ele, o governo precisa "reiniciar o jogo, reconhecer os trope�os, se trope�os houve, recome�ar tudo do in�cio"
"Desse encurralamento, s� � poss�vel sair por meio de um novo pacto pol�tico e social. Temos que redesenhar as alian�as partid�rias sob novas bases, mas tamb�m construir um novo ciclo de di�logo com os movimentos sociais, com o povo brasileiro. Temos que acenar com a��es concretas para um presente consistente e um futuro promissor", disse.
