S�o Paulo, 11 - Depois de ver os l�deres das bancada do PSDB no Congresso Nacional defenderem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a realiza��o de novas elei��es presidenciais na semana passada, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, criticou nesta segunda-feira, 10, a possibilidade de um pedido de impedimento.
"Essa quest�o de impeachment n�o est� colocada neste momento. N�o h� nenhuma proposta hoje de impeachment no Congresso Nacional. O que precisa agora � investigar, investigar, investigar e cumprir a Constitui��o", afirmou.
A declara��o foi feita no Recife, onde o governador participou, ao lado do senador A�cio Neves, presidente do partido, de uma solenidade em homenagem ao governador Eduardo Campos, morto em 2014.
Os aliados de Alckmin na Executiva da sigla reclamaram na semana passada com emiss�rios de A�cio que o partido n�o debateu o tema em suas inst�ncias de decis�o. Dizem que, neste momento de acirramento da crise, a estrat�gia tucana deve ser desenhada com a participa��o de todas as correntes internas.
Ao afirmar ontem na capital pernambucana que "as alternativas que est�o colocadas n�o dependem do PSDB", A�cio agiu para evitar que se instalasse uma crise entre os l�deres das bancadas tucanas no Congresso Nacional e a ala paulista do partido. O senador Jos� Serra (PSDB-SP) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tamb�m desaprovaram a radicaliza��o dos parlamentares.
'Ansiedade'
Alckmin evita abordar o tema em p�blico e delega as cr�ticas para aliados. Mas, em conversas reservadas, ele reprovou a "ansiedade" das bancadas do PSDB no Congresso, especialmente na C�mara.
Segundo tucanos pr�ximos ao governador paulista, a homenagem feita quinta-feira no Pal�cio dos Bandeirantes ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) serviu para marcar diferen�a entre a estrat�gia "incendi�ria" deflagrada por A�cio no Congresso e o zelo pela institucionalidade que marca o discurso da velha-guarda do partido, que se concentra majoritariamente em S�o Paulo.
Embora se diga pessoalmente favor�vel ao impeachment, Alckmin avalia que o PSDB erra ao pressionar o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da Uni�o, j� que a sigla n�o tem qualquer influ�ncia sobre a decis�o dos dois colegiados. Aliados de Alckmin reclamam, ainda, que o l�der na C�mara, Carlos Sampaio (SP), "est� muito acelerado". As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.