CPI vai revirar 'caixas-pretas dos fundos de pens�o', diz deputado

Bras�lia, 12 - O deputado Efraim Filho (DEM-PB) assumiu nesta tarde a presid�ncia da CPI dos Fundos de Pens�o. Em seu discurso de instala��o da CPI, o parlamentar de oposi��o disse que a comiss�o vai se aprofundar nas gest�es fraudulentas nos fundos e que pretende "revirar as entranhas dessas caixas-pretas".

O PT ficou com a primeira vice-presid�ncia, que foi designada a Paulo Teixeira (SP). Na relatoria foi confirmada a indica��o de S�rgio Souza (PMDB-PR), ex-suplente da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Como relator, n�s pretendemos ir a fundo", declarou o peemedebista, afirmando que seu trabalho ser� "mais t�cnico do que pol�tico".

Para segundo-vice presidente foi eleito Samuel Moreira (PSDB-SP) e na terceira vice-presid�ncia ficou Hissa Abrah�o (PPS-AM).

Diante de uma plateia de participantes de fundos de pens�o, como Postalis (dos Correios) e Funcef (Caixa), os membros da comiss�o falaram em "passar a limpo" os fundos e elogiaram a coragem do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de autorizar o funcionamento desta comiss�o.

"Ser� mais uma caixa-preta a ser aberta que vai escandalizar o Pa�s", previu o deputado Darc�sio Perondi (PMDB-RS). "Muita coisa nebulosa ocorreu no meio do caminho para ocorrer esse desequil�brio dos principais fundos", comentou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Tentativa de adiamento

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) reclamou que a proporcionalidade na composi��o das novas CPIs n�o vem sendo respeitada e prop�s que a elei��o fosse adiada. Por decis�o do comando da Casa, o PT - que tem a segunda maior bancada - ficou de fora dos postos-chave nas comiss�es investigativas rec�m-instaladas.

"Indago da possibilidade de n�o concretizarmos esta elei��o para que possamos discutir esse tema de natureza regimental para se restabelecer a proporcionalidade na ocupa��o das cabe�as das CPIs", apelou Teixeira.

O deputado Arnaldo Faria de S� (PTB-SP), que presidiu a reuni�o de instala��o, indeferiu o pedido e argumentou que se tratava de uma quest�o de natureza pol�tica e n�o de proporcionalidade das bancadas. Teixeira avisou que entrar� com recurso contra a decis�o.