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Estado de Minas

Sistema financeiro suporta impactos negativos da Lava-Jato, diz diretor do BC


postado em 13/08/2015 13:18 / atualizado em 13/08/2015 13:22

O diretor de Fiscaliza��o do Banco Central (BC), Anthero de Moraes Meirelles, disse nesta quinta-feira que o sistema financeiro do pa�s tem condi��es de suportar os impactos negativos provocados pela Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal (PF), mesmo que seja confirmado o envolvimento de importantes empreiteiras que mant�m neg�cios no Brasil.

Em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, Meirelles falou – como testemunha – sobre a regulamenta��o e a fiscaliza��o das opera��es de c�mbio.

“Podemos dizer que o sistema suporta, apresenta n�veis robustos de sustenta��o e solidez”, disse. Ele explicou que o BC vem acompanhando as investiga��es e estudando as poss�veis consequ�ncias das irregularidades para os empregos e neg�cios mantidos pelas empresas investigadas.

Meirelles explicou que, em 2014, pelo menos 50 mil empresas do mercado de cr�dito e de valores mantiveram fluxos financeiros com o grupo de empreiteiras investigadas. O BC tamb�m cruzou informa��es do Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Caged), do Minist�rio do Trabalho. “Se as empresas n�o conseguem se sustentar h� impacto nos empregos”, disse. Acrescentou que ainda foram feitos testes de stress, projetando altas de juros e altera��es cambiais. “O sistema financeiros tem condi��es de suportar este cen�rio? O sistema apresenta condi��es e n�veis robustos de solv�ncia”, avaliou.

Doleira

O diretor do BC recha�ou as cr�ticas feitas, h� quase tr�s meses, pela doleira Nelma Kodama, considerada pelo Minist�rio P�blico como l�der do grupo criminoso que operava no mercado negro de c�mbio. No depoimento � CPI, a doleira afirmou que os crimes financeiros foram poss�veis porque o sistema financeiro � “avacalhado”. “O Brasil tem um dos sistemas mais modernos de registro de opera��es financeiras. Todas as opera��es de c�mbio s�o registradas e est�o nas bases de dados do Banco Central. � o sistema de intelig�ncia que permite que estas apura��es sejam feitas e comprovadas e que as pessoas sejam presas. Certamente foram pegas cometendo il�citos”, disse.

Meirelles acrescentou que o sistema pode ter falhas, mas est� em constante melhoria e aperfei�oamento. “Nosso sistema n�o � avacalhado. N�o acredito que esta opera��o [Lava-Jato], e toda a apura��o, revela fragilidades. Ela [Opera��o da PF] est� sendo feita e boa parte do sucesso � porque o sistema funciona”, avaliou.

TOV

Ele ainda afirmou que a TOV – uma das principais corretoras citadas pelos doleiros como canal para opera��es de d�lar como pagamento de importa��es fantasmas – tem processo administrativo que envolve ampla defesa. O processo ainda est� correndo. "A TOV foi denunciada ao MP, mas n�o temos elementos suficientes. Vamos apurar a responsabilidade nestas opera��es especificas e todas as outras [opera��es] citadas est�o sob supervis�o intensa e espec�fica”, disse.

A CPI ainda espera ouvir hoje o doleiro Luccas Pace J�nior que tamb�m falar� como testemunha. Investigado na Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, por participar de crimes financeiros e lavagem de dinheiro, Luccas Pace J�nior trabalhava para Nelma Kodama.

A defesa de Luccas Pace foi a primeira a conseguir, em setembro do ano passado, a homologa��o do acordo de dela��o premiada da investiga��o da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, pelo juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Operadores

Luccas � um dos tr�s operadores de c�mbio que a CPI espera ouvir ainda hoje (13). Os demais s�o Marco Stefano, diretor da corretora TOV, que tamb�m falar� como testemunha e Maria L�cia Ramires Cardena. Todos fazem parte da lista da doleira Nelma Kodama que os acusou de participar do esquema de envio de dinheiro para o exterior em opera��es fict�cias. Segundo Nelma Kodama, presa por lavagem de dinheiro e evas�o de divisas, o dinheiro era usado para pagamento de propina.

Dos depoimentos previstos para hoje, apenas Maria L�cia Ramires Cardena ser� ouvida como investigada pela PF. A doleira � acusada de lavagem de dinheiro juntamente com o doleiro Raul Srour, preso na Lava Jato, como Nelma e Youssef. A defesa conseguiu habeas corpus na noite de ontem e pode ficar em sil�ncio diante das perguntas dos integrantes da CPI.


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