Bras�lia, 14 - O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, evitou comentar a fala do presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre "pegar em armas" para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff. A fala do sindicalista, proferida nesta quinta, 13, em evento no Pal�cio do Planalto, provocou desconforto ao governo.
Cardozo se limitou a dizer que "as pessoas t�m total direito de dizer o que pensam" e que "n�o existe nenhum fato que pudesse implicar no encerramento do mandato da presidente Dilma Rousseff", defendeu. �s v�speras de manifesta��es que pedem o afastamento do cargo da presidente, marcados para o pr�ximo domingo, 16, o ministro disse em tom gen�rico que existem pessoas "expressando sua indigna��o diante daqueles que, querendo sob um pretexto jur�dico inexistente, fazer aquilo que no fundo parecer ate ser uma ansiedade um pouco golpista", comentou.
Sobre as manifesta��es previstas para domingo, Cardozo disse que vai acompanhar o ato "com absoluta tranquilidade" e classificou como "leg�timo" o direito daqueles que querem se manifestar. "O Brasil � uma democracia e as pessoas devem se posicionar dentro daquilo que acham", comentou. O ministro acrescentou que o governo "respeita a liberdade de manifesta��o" e que ela � uma "conquista democr�tica" e como tal tem que ser tratada.
Sobre o projeto de Lei que prev� a exist�ncia de pena espec�fica para "organiza��es terroristas", aprovado pela C�mara na semana passada, Cardozo disse que "a lei n�o tem nada de atentat�rio � liberdade de manifesta��o e express�o. A lei antiterrorismo tipifica como fazem todos os pa�ses do mundo com atos que s�o criminosos e que s�o violadores dos direitos dos outros" comentou. Segundo ele, a liberdade de manifesta��o n�o pode ser enquadrada como ato de terrorismo. "E a lei deixa isso muito claro", comentou.