
O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), convocou ontem, na Associa��o Comercial de Macei�, a popula��o brasileira a ir �s ruas neste domingo “de cabe�a erguida”, levando � m�o o que chamou de “�nica arma”, a Constitui��o do Brasil. A declara��o feita durante o lan�amento da campanha nacional de filia��o do partido foi em resposta ao presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que afirmou na quarta-feira, durante solenidade no Pal�cio do Planalto, que os entusiastas do impeachment da presidente Dilma Rousseff s�o golpistas, acrescentando que, se preciso, os movimentos sociais ir�o �s ruas “com armas na m�o”. Horas depois, pelo Twitter, diante da repercuss�o negativa, Freitas disse que teria se referido �s “armas da classe trabalhadora”, que seriam, segundo ele, “mobiliza��o, ocupa��o das ruas e greve geral”.
A�cio evitou se posicionar se participar� das manifesta��es. “Minha vontade pessoal � essa (de ir). Pretendo sim, mas vou avaliar at� s�bado (hoje), aonde vou e se vou”, disse o tucano na capital alagoana. Ele informou ter recebido convite de v�rias cidades no Nordeste, al�m de S�o Paulo, Belo Horizonte e Bras�lia. Segundo aliados, o mais prov�vel � que o senador v� ao protesto em Belo Horizonte ou Bras�lia. O site do PSDB em S�o Paulo lista 61 cidades com protestos marcados.
Segundo A�cio, o pa�s assistiu “com perplexidade” �s declara��es de Freitas, feitas diante de Dilma, no Pal�cio do Planalto: “Fiquei estarrecido, de ouvir na sede do governo brasileiro, num evento que custou recursos dos cofres p�blicos, o chamamento de um importante l�der sindical sem que a presidente interrompesse para dizer que isso n�o se aceita mais nas ruas do nosso Brasil”. Para A�cio, as declara��es de Vagner Freitas teriam sido “tentativas de intimida��o”. E reiterou o chamamento �s ruas: “Vamos responder a essas tentativas de intimida��o com a nossa manifesta��o clara, pac�fica e corajosa em defesa do Brasil e sempre em defesa da democracia. Porque para n�s esse � o limite da nossa a��o, a Constitui��o. Essa � a arma de que dispomos para fazer com que a lei seja cumprida. E foi por isso que tantos brasileiros lutaram tanto durante tantos anos”.
Depois de considerar ser o “�nico projeto” do governo Dilma o de “chegar at� o final”, o tucano criticou a distribui��o de cargos p�blicos �queles que apoiam o governo. “O �nico projeto do governo da presidente Dilma � chegar at� ao final. E a� assistimos esse vale-tudo da distribui��o sem qualquer constrangimento, sem qualquer limite de cargos p�blicos para aqueles que se disponham a apoiar o governo. O que vemos hoje � uma tentativa permanente de vencer a semana. Isso � muito pouco para um pa�s com as dimens�es do Brasil e com a complexidade das dificuldades que temos”, afirmou.
FILIA��O Durante o lan�amento da campanha nacional de filia��o do PSDB, em Minas, o presidente estadual do partido, deputado federal Domingos S�vio, informou ter recebido ontem mais de mil novas fichas. Ao ao lado do senador Antonio Anastasia e dos deputados estaduais Jo�o Leite e Lafayette Andrada, S�vio comemorou as ades�es em Belo Horizonte dos vereadores Pablito (ex-PV), Bim da Ambul�ncia (PTN) e Juninho Los Hermanos (ex-PRB).
O presidente estadual da legenda assinalou ser sua inten��o ter, at� dezembro, consenso em torno de um nome �nico do partido para concorrer � Prefeitura de BH, a partir do qual devam ser abertas as conversa��es com o principal aliado do PSDB na capital, o prefeito Marcio Lacerda (PSB). Entre os nomes que hoje s�o considerados, est�o o deputado federal Rodrigo de Castro, os deputados estaduais Jo�o V�tor Xavier e Jo�o Leite. O senador Anastasia, que re�ne consenso, descartou essa possibilidade. “Acho que teremos bons e outros candidatos”, afirmou.