Bras�lia - Um grampo telef�nico feito pela Pol�cia Federal, com autoriza��o da Justi�a, na Opera��o Lava-Jato mostra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva com “preocupa��o em rela��o aos assuntos do BNDES”. � o que diz relat�rio da corpora��o sobre intercepta��es feitas em telefones de r�us ligados � Construtora Odebrecht, que executa obras no exterior com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social.
Na conversa, Alencar diz que Em�lio Odebrecht — pai de Marcelo Odebrecht, que seria preso dias depois — gostou de nota do Instituto Lula explicando repasse de R$ 4,5 milh�es da Construtora Camargo Corr�a para a entidade e a empresa de palestras do ex-presidente, a LILS.
DOA��ES Na nota, o instituto lembrou das finalidades da organiza��o, como o combate � pobreza e a integra��o entre os pa�ses africanos e latinos. A entidade j� destacou a naturalidade das doa��es recebidas e afirmou que Lula n�o faz lobby para empresas, mas apenas palestras.
O relat�rio descreve resumos de grampos em 39 linhas telef�nicas e duas contas de e-mail de v�rios investigados ligados � Odebrecht, ap�s pedido de quebra de sigilos feito em maio pelos delegados da PF. Ao receber o documento, o juiz S�rgio Moro n�o considerou relevantes os di�logos. “N�o constatou, a princ�pio, di�logo e mensagens muito relevantes”, avaliou o magistrado, que liberou os autos para acesso dos investigados e seus advogados.
Atentado investigado
A pedido do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, a Pol�cia Federal vai investigar o ataque a bomba feito � sede do Instituto Lula, no Bairro do Ipiranga, na Zona Sul de S�o Paulo, em 31 julho. A sede do instituto foi alvo de um artefato caseiro lan�ado de um carro, por volta das 22h daquele dia. O explosivo danificou parte do port�o da garagem e chegou a trincar a cal�ada. Ningu�m saiu ferido e o instituto classificou o epis�dio como atentado pol�tico. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, j� havia pedido, no in�cio do m�s, que a PF assumisse a investiga��o. O caso est� sob investiga��o na 17ª DP. Em 4 de agosto, integrantes da bancada do PT na Assembleia Legislativa de S�o Paulo encaminharam ao secret�rio de Seguran�a P�blica, Alexandre de Moraes, pedido de audi�ncia paras tratar do assunto. No dia seguinte, os 14 deputados da bancada petista na Assembleia foram ao instituto para prestar solidariedade ao ex-presidente Lula.