S�o Paulo, Curitiba e Bras�lia, 17 - O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), �rg�o de intelig�ncia do Minist�rio da Fazenda, remeteu ao menos tr�s relat�rios diferentes indicando movimenta��o at�pica da empresa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a L.I.LS, para investiga��es diversas do Minist�rio P�blico Federal e da Pol�cia Federal.
Nos �ltimos dias, foram encaminhados relat�rios n�o s� para a Procuradoria da Rep�blica no Paran�, base da for�a-tarefa que conduz a Opera��o Lava Jato, mas tamb�m para investigadores no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Em ao menos duas situa��es, os analistas se depararam com a L.I.L.S, que leva as iniciais do ex-presidente, ao analisarem a movimenta��o de outras empresas que s�o suspeitas de irregularidades.
No fim de semana, a revista Veja revelou a exist�ncia de um relat�rio do Coaf que apontou movimenta��o de R$ 27 milh�es da empresa de Lula entre abril de 2011 e maio de 2015. Desse total, R$ 10 milh�es tinham como depositantes empresas investigadas na Opera��o Lava Jato.
A L.I.L.S. � a empresa que o ex-presidente usa para receber recursos de palestras, uma das atividades �s quais se dedicou ap�s deixar o Pal�cio do Planalto.
Em junho, o juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato no Paran�, afirmou em despacho que o ex-presidente n�o estava sendo investigado, mas, conforme investigadores ouvidos pela reportagem, isso n�o significa que movimenta��es de sua empresa n�o tenham sido alvo de apura��es.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, a PF gravou conversa do executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos Alencar com Lula, em 15 de junho, quatro dias antes de o empres�rio ser preso na Lava Jato. O alvo da intercepta��o era uma linha usada por Salles.
No di�logo, segundo relat�rio da PF, o ex-presidente se diz preocupado com �assuntos BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social)�. A institui��o � alvo de uma CPI que visa investigar a pol�tica de financiamentos a grandes empresas nos governos petistas.
O Coaf n�o se pronunciou sobre o relat�rio divulgado pela Veja. �O COAF n�o comenta casos espec�ficos�, se limitou a responder.
O Instituto Lula afirma que todas as palestras e atividades do ex-presidente "foram legais com os impostos devidamente recolhidos".