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Estado de Minas

Bra�o direito de Dirceu diz que trabalha de gra�a aos finais de semana


postado em 18/08/2015 18:07 / atualizado em 18/08/2015 18:37

O bra�o direito de Jos� Dirceu - presos pela Opera��o Lava-Jato, desde o dia 3 - Roberto Marques, conhecido como Bob, disse � Pol�cia Federal que trabalhou como assessor do ex-ministro de gra�a durante os finais de semana, no per�odo em que ele ocupou cargo no governo Luiz In�cio Lula da Silva, entre 2003 e 2005.

"Em 2003, Dirceu se tornou ministro da Casa Civil e convidou para que o assessora em S�o Paulo nas sextas-feiras e s�bados, quando fosse necess�rio", afirmou Bob, ouvido no dia 6 de agosto pelo delegado M�rcio Adriano Anselmo, da equipe da Lava-Jato.

Bob contou que n�o tinha v�nculo com o Planalto. "Mas sim diretamente com Dirceu, e que n�o recebia nada pelo trabalho de assessoramento."

Preso no dia 3 junto com Dirceu e seu irm�o Luiz Eduardo Oliveira e Silva e o lobista Fernando de Moura - que seria um dos operadores de propina do ex-ministro da Petrobr�s -, o bra�o direito disse que foi chamado "para o trabalho porque tinha grande proximidade".

"Antes disso prestou assessoramentos espor�dicos a Dirceu durante campanhas eleitorais e em outras ocasi�es, mas nunca teve um v�nculo formal com Dirceu, nunca tenha sido lotado em nenhum gabinete ocupado por Dirceu."

Valores mensais


No mesmo depoimento, Bob afirmou que "por cerca de cinco meses", em 2011, recebeu R$ 30 mil mensais em dinheiro vivo do ex-ministro-chefe da Casa Civil. Alegou que naquele ano "pediu ajuda financeira" a Dirceu, ent�o r�u do Mensal�o, porque seus pais estavam com "problemas de sa�de" e ele em dificuldades financeiras.

Preso na Opera��o Pixuleco, 17.º cap�tulo da Lava-Jato, cujo alvo maior � o ex-ministro do governo Lula, Bob chegou a ter sua tempor�ria renovada no dia 7 pelo o juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, e depois foi liberado no dia 12. Dirceu foi preso preventivamente, quando a cust�dia � por tempo indeterminado.

Bob disse que retirava os R$ 30 mil mensais na JD Assessoria e Consultoria, criada pelo ex-ministro depois que ele foi cassado e perdeu a cadeira na Casa Civil do governo Lula, no rastro do Mensal�o.

Bob � funcion�rio efetivo da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, lotado no gabinete da 1.ª Secretaria, ocupada pelo deputado Enio Tatto (PT) - cuja empresa de contabilidade, em sociedade com a mulher, recebeu pagamentos da JD Assessoria que somaram R$ 1,1 milh�o, entre 2009 e 2014.

O bra�o direito afirmou que h� 29 anos, desde que trabalhou com Dirceu na bancada do PT na Assembleia Legislativa de S�o Paulo, acabou se tornando bastante pr�ximo do ex-ministro.

Em relato da PF, Bob admitiu. "Por cerca de cinco meses, o declarante retirou R$ 30 mil mensais no escrit�rio da JD Consultoria na (Avenida) Rep�blica do L�bano (zona Sul de S�o Paulo), conforme disponibilizado por Dirceu e por seu irm�o Luiz Eduardo", transcreveu a PF. "Que n�o se recorda se era apenas Luiz Eduardo quem lhe alcan�ava o dinheiro, mas que sempre que ia ao escrit�rio perguntava se havia 'algo' para o declarante e, ent�o, recebia o dinheiro."

Bob disse que o dinheiro 'era acondicionado em um envelope'. "A totalidade do dinheiro foi utilizada para custear os cuidados com seus pais, e que acredita possuir documenta��o comprobat�ria dos gastos", declarou.


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