
S�o Paulo - O secret�rio municipal de Educa��o Gabriel Chalita (PMDB-SP) se reuniu na segunda-feira, 17, com vereadores do PMDB para tentar impedir as primeiras movimenta��es da senadora Marta Suplicy dentro do partido. Na semana passada, Marta fechou um acordo com o vice-presidente, Michel Temer, no qual aceitou se filiar ao PMDB e disputar a vaga de candidato da legenda � Prefeitura de S�o Paulo nas elei��es do ano que vem.
Apesar de integrar o governo de Fernando Haddad (PT), Chalita tamb�m tem interesse em ser candidato nas elei��es do ano que vem, caso a alian�a entre os dois partidos se desfa�a. O acordo entre as legendas, selado no in�cio deste ano, est� na berlinda desde que setores do PMDB entraram em atrito com o PT no �mbito federal.
Seguindo orienta��o de Temer, Marta iniciou conversas com parlamentares do PMDB paulistano. A senadora agendou para amanh� um jantar com os vereadores do partido, no qual pretende manifestar abertamente seu desejo de disputar a Prefeitura. O encontro de Chalita com os parlamentares anteontem foi para marcar posi��o diante do que eles v�o ouvir na reuni�o com a senadora, na quinta.
"Disse a eles que Marta � um quadro. E que a vinda dela ao PMDB, como senadora, � bem-vinda. Para disputar a elei��o, n�o. Para isso, ela vai ter que disputar a conven��o. Ela n�o vem para ser candidata a prefeita", afirmou Chalita. Temer tamb�m orientou Marta a procurar Chalita pessoalmente para uma conversa franca. O objetivo � criar o m�nimo de turbul�ncia no partido com a entrada da senadora. At� agora, o encontro n�o foi marcado.
'Desconforto'
Segundo fontes do PMDB, a chegada de Marta causou "desconforto" a Chalita. Inicialmente, logo ao ser avisado por Temer, ele teria concordado em disputar a indica��o com a ex-petista. Afinal, na condi��o de presidente municipal, foi o respons�vel pela filia��o da maioria dos delegados que v�o escolher o candidato.
No entanto, o avan�o de Marta sobre os vereadores causou preocupa��o. Ele teme que o desempenho da senadora nas pesquisas leve a uma virada no jogo.
O vazamento da informa��o sobre o acordo entre Marta e Temer tamb�m desagradou ao vice-presidente. Pessoas pr�ximas a ele consideraram o momento inoportuno. Temer pretendia avisar o partido e o prefeito antes de tornar a negocia��o p�blica.
No domingo, o peemedebista procurou Haddad para explicar a situa��o, dizer que o PMDB deve ter candidato pr�prio e deixar o prefeito � vontade para dispor das secretarias entregues aos peemedebistas.
O PMDB conta com cinco pastas, uma delas ocupada pela filha de Temer, Luciana, al�m de quatro subprefeituras. Haddad ainda n�o decidiu o que fazer. O PT considera dif�cil a manuten��o da alian�a.