
A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira que o governo est� enfrentando dificuldades econ�micas, mas afirmou que n�o vai “apertar o cinto” no or�amento de programas sociais. Dilma inaugurou a primeira esta��o de bombeamento de �gua do Eixo Norte da obra de transposi��o do Rio S�o Francisco, em Cabrob�, no sert�o pernambucano.
“Assim como em casa voc�s t�m, �s vezes, algumas dificuldades com o or�amento, o governo federal tamb�m teve. Mas, assim como voc�s escolhem onde v�o apertar o cinto, n�s tamb�m e n�o vamos apertar o cinto em programas essenciais para o pa�s seguir em frente, que s�o programas sociais como esse aqui.”
Dilma defendeu o papel do governo na cria��o de oportunidades para que os brasileiros tenham igualdade de condi��es, independente da regi�o em que vivam. De acordo com a presidenta, os problemas n�o ser�o superados com pessimismo.
“Temos dificuldade? Temos sim. Ningu�m tem de tapar o sol com a peneira. Mas achar que est� tudo ruim n�o � a forma pela qual a gente constr�i canal. A gente constr�i canal encarando a dificuldade de frente e ultrapassando a dificuldade com muita �gua, com muita for�a no cora��o e com muita esperan�a”, afirmou a presidente, numa analogia com as �guas da transposi��o do Rio S�o Francisco.
Em discurso de cerca de meia hora, Dilma defendeu a obra de cr�ticas. Ela destacou o tamanho do projeto – com quase 500 quil�metros de canais –, atribuindo ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a “vontade pol�tica” que tirou a transposi��o do papel. Segundo Dilma, a ideia de levar as �guas do S�o Francisco para regi�es mais secas do Nordeste existe desde que o Brasil era governado pelo imperador D. Pedro I.
“H� nessa obra uma vontade pol�tica. � uma obra que esteve colocada como possibilidade durante essa quantidade de anos, mais de 150 anos. Foi preciso que um nordestino fosse eleito presidente, que tivesse sido praticamente expulso de sua casa e tivesse ido para S�o Paulo e soubesse o pre�o, o custo em termos de vida, em termos de perspectiva de futuro e esperan�a ,que a seca impunha para a popula��o do Nordeste. A�, a vontade de fazer foi muito importante”.
Seca
Dilma acrescentou que a obra de transposi��o soma-se � constru��o de adutoras e canais pelo Nordeste como estrat�gia, de modo que a popula��o da regi�o possa conviver com a seca sem as consequ�ncias negativas da estiagem sobre a vida e a produ��o agropecu�ria.
“Os primeiros relat�rios de que havia seca no Nordeste s�o do s�culo 16, ou seja, h� mais de quatro s�culos sabemos que a regi�o sofre com a seca. O objetivo dessa obra � ajudar a n�s, brasileiros, nordestinos, a conviver com a seca. Impedir que ela ocorra, n�o podemos. S� Deus sabe se tem ou n�o tem chuva. O que podemos fazer e fizemos? Armazenar a �gua, trazer �gua de um lugar e garantir que, na hora da seca, a gente possa recorrer �quela �gua”, afirmou.
A Esta��o de Bombeamento EBI –1 elevar� a �gua do S�o Francisco por at� 36 metros e permitir� que ela percorra 45,9 quil�metros dos canais e chegue a dois reservat�rios. A obra faz parte do Eixo Norte da transposi��o.
Com Ag�ncia Brasil