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Estado de Minas

Temer decide deixar articula��o pol�tica


postado em 22/08/2015 12:19 / atualizado em 22/08/2015 15:52

O vice-presidente Michel Temer vai deixar a articula��o pol�tica do governo com o Congresso. Aborrecido com a falta de cumprimento de acordos e com a "articula��o paralela" promovida no Pal�cio do Planalto sem aviso pr�vio, Temer s� avalia agora o melhor momento para que o desembarque n�o seja visto como mais um fator de instabilidade, no rastro da crise provocada ap�s a den�ncia contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Eu j� cumpri o meu papel em rela��o ao ajuste fiscal e agora vou me dedicar � macropol�tica", disse o vice-presidente, que comanda o PMDB, a l�deres aliados no Congresso.

Temer conversou ontem com Cunha, em S�o Paulo. Acusado por crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro pela Procuradoria Geral da Rep�blica, o presidente da C�mara disse ao vice que ele deveria "sair fora" da articula��o o mais r�pido poss�vel, porque a Casa ficar� cada vez mais ingovern�vel.

Cunha avisou, ainda, que n�o renunciar� e que passar� a defender "com vigor" o rompimento do PMDB com o governo Dilma Rousseff. N�o foi surpresa: dias antes de ser denunciado, Cunha j� dissera a Temer e a l�deres do governo que n�o cairia sozinho.

Temer n�o definiu a data de sa�da da articula��o pol�tica, mas j� confidenciou a amigos que o trabalho tem "prazo de validade", ap�s quatro meses nessa tarefa. Nos �ltimos dias, por�m, v�rios fatores contribu�ram para refor�ar sua decis�o.

Presidente do PMDB, o vice ficou contrariado com "olhares enviesados" de petistas, ap�s dizer que o Pa�s precisava de algu�m com capacidade de "reunificar a todos". O apelo para evitar a pauta bomba, que aumenta os gastos do governo, foi interpretado por alguns petistas de peso como uma tentativa de Temer de obter protagonismo num momento em que a presidente Dilma Rousseff enfrenta amea�as de impeachment.

O vice chegou a p�r o cargo � disposi��o. Dilma n�o aceitou. Em caf� da manh� com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ministros e parlamentares do PMDB, recentemente, Temer mostrou indigna��o com coment�rios de que se apresentava para o lugar de Dilma. "N�o sou homem de agir � sorrelfa", afirmou ele, acrescentando que n�o retirava uma �nica palavra do que dissera.

No Planalto, Temer e o titular da Avia��o Civil, Eliseu Padilha, seu bra�o direito, enfrentam problemas com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ocupando hoje o gabinete da Secretaria de Rela��es Institucionais, que desde abril � vinculado � Vice-Presid�ncia, Padilha � o respons�vel por

negociar cargos e emendas com o Congresso. Mas tamb�m sair� dessa articula��o, dedicando-se exclusivamente � sua pasta.

O ministro est� insatisfeito por considerar que vem sendo sabotado pelo PT e ficou ainda mais furioso ap�s ter sido desautorizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A �ltima crise ocorreu porque Padilha prometeu a l�deres aliados liberar R$ 500 milh�es para pagamento de emendas parlamentares. Na �ltima hora, por�m, Levy proibiu o desembolso.

Temer tamb�m se desentendeu com o ministro da Fazenda, na quarta-feira, ap�s tentar novo acordo para beneficiar o setor de transportes no projeto que reviu a desonera��o da folha de pagamento das empresas. Era a �ltima etapa do ajuste fiscal.

Levy disse a Temer, em tom irritado, que n�o faria mais concess�es porque, do contr�rio, seria melhor "perder tudo de uma vez". Temer, devolveu, em tom ir�nico: "Entendi sua posi��o. O governo perde, o governo cai, e a gente vai embora de uma vez".

No mesmo dia, � noite, o ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva, procurou Temer e Padilha, na tentativa de desfazer o mal-estar. Ao que parece, n�o deu certo.

O vice-presidente tamb�m ficou contrariado por n�o ter sido chamado por Dilma para reuni�o no Pal�cio da Alvorada, no domingo, ap�s as manifesta��es de rua contra o governo.

 


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