Bras�lia, 22/8/2015, 22 - Um dos principais aliados do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco afirmou, h� pouco, que n�o descarta um eventual rompimento do partido com o governo no congresso nacional da agremia��o, marcado para o dia 15 de novembro.
"Evidentemente que todo congresso � um cen�rio de muita liberdade, tendo em vista que dentro do partido h� pessoas que s�o favor�veis � coliga��o ou n�o. Esse tipo de conflito � muito saud�vel para ser discutido", afirmou Franco, presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es.
O ex-ministro disse que o fim da alian�a n�o est� na pauta, mas destacou que os militantes v�o querer discutir o assunto no encontro que marca os 50 anos do partido. Oficialmente, segundo ele, o partido se reunir� para discutir seu programa econ�mico, que tem sido tocado pelo senador Romero Juc� (PMDB-RR), e a moderniza��o do seu estatuto a fim de torn�-lo mais "democr�tico.
Questionado se a anunciada sa�da de Temer da articula��o pol�tica e a den�ncia contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor de um rompimento imediato, poderia acelerar a sa�da do PMDB do governo, Franco esquivou-se de uma resposta conclusiva.
"Essa crise, ela tem uma caracter�stica que difere das outras que � a velocidade dos fatos. N�o sei se eles (os fatos) resistem at� o Congresso. Quando vai resolver? N�o sei", opinou. "Se eu soubesse (o que iria ocorrer), estaria ganhando dinheiro", brincou.
Dela��o
- Moreira Franco tamb�m saiu em defesa de Temer, que foi citado em dela��o premiada do lobista J�lio Camargo, em mat�ria publicada pelo
Estado
. Segundo o delator, outro lobista, o Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria Temer, Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Para o ex-ministro, que conversou mais cedo com o vice, a nota � "muito clara". Na manifesta��o, Temer disse que n�o conhece J�lio Camargo nem Fernando Soares e contesta as informa��es dadas pelo delator, classificando-as como "inteiramente falsas".
"Isso � absolutamente fantasioso e mentiroso", criticou Franco. Questionado se isso n�o poderia levar a um pedido de anula��o da dela��o, ele disse que n�o saberia dizer, porque n�o � advogado.