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Estado de Minas

Preocupa��o maior hoje deve ser com a crise pol�tica, diz FHC

Ex-presidente adotou um tom conciliat�rio e disse acreditar que as "vozes do conjunto" encontrar�o uma solu��o


postado em 25/08/2015 16:19 / atualizado em 25/08/2015 16:57

Durante palestra em São Paulo, ex-presidente manifestou preocupação e cobrou responsabilidade coletiva (foto: Downtown/Divulgacao )
Durante palestra em S�o Paulo, ex-presidente manifestou preocupa��o e cobrou responsabilidade coletiva (foto: Downtown/Divulgacao )
S�o Paulo, 25 - Em palestra que adotou um tom mais ameno com rela��o � crise pol�tica do Pa�s, chamando a um senso de responsabilidade coletiva da sociedade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a preocupa��o maior hoje deve ser com a crise pol�tica. Ele ponderou que crises econ�micas s�o c�clicas, ou seja, s�o graves, mas tem uma condu��o de certa forma independente. J� a crise pol�tica exige que se ache uma sa�da. O tucano n�o deu uma resposta, mas em discurso conciliat�rio disse que "vozes em conjunto" chegar�o a uma solu��o. "Acho que vai chegar um momento em que isso vai acontecer (as vozes se juntarem), vai ter que criar uma for�a pol�tica suficiente para ter um plano cr�vel", afirmou.


O ex-presidente tucano relatou um epis�dio de 2013, quando esteve em um mesmo avi�o com os ex-presidentes Jos� Sarney, Luiz In�cio Lula da Silva, Fernando Collor. Segundo FHC, na ocasi�o, ele compartilhou com eles seu diagn�stico de que "o sistema pol�tico brasileiro faliu". FHC reclamou de a petista n�o ter dado aten��o � sua coloca��o naquele momento, mas usou o epis�dio para refor�ar o discurso de que quadros de crise n�o s�o responsabilidade de um, mas de todos. "N�s somos todos respons�veis, n�o vamos discutir quem � mais, mas o fato � que n�o deu certo. Est� na hora de n�s nos juntarmos", relatou ter dito aos colegas.

Fernando Henrique avaliou que os pr�ximos meses ser�o muito dif�ceis tanto na economia como na pol�tica, mas que isso � uma oportunidade para o Pa�s. Apesar da mudan�a de tom em rela��o � semana passada, quando pressionou pela ren�ncia de Dilma, o tucano tamb�m n�o defendeu sua perman�ncia. Disse que n�o se sabe ainda quem "negociar� uma sa�da" para o Pa�s.

Reforma ministerial

O ex-presidente comentou brevemente, em sua palestra, que o governo j� deveria ter cortado minist�rios, pois o Estado e a sociedade n�o t�m mais recursos para bancar o custeio da m�quina p�blica mais os programas sociais. "J� deveria ter diminu�do h� muito tempo", afirmou. Ele avaliou que a condi��o or�ament�ria hoje � "grav�ssima", como se pode ver na tentativa do governo de atrasar o pagamento do 13º de aposentados. "N�o � da boca pra fora, � porque n�o tem dinheiro mesmo", observou.

Fernando Henrique avaliou que h� hoje um "desregramento muito grande" na economia - em refer�ncia ao aumento do endividamento e �s pedaladas fiscais. "Vamos ter que discutir nos pr�ximos anos como se resolve isso", disse citando como exemplo a previd�ncia social, cujo custo sobe em descompasso com as receitas do Estado.

O tucano fez uma autocr�tica ao que chamou de clima "Fla-Flu" que se instala no Congresso, onde deputados muitas vezes votam contra o governo sem avaliar a import�ncia da pauta para o Pa�s. Fernando Henrique incluiu na cr�tica parlamentares do PSDB que, por exemplo, votaram pela queda do fator previdenci�rio. "Certas quest�es t�m impacto no futuro do Pa�s, n�o se pode votar contra s� porque se quer. Achei um erro alguns dos deputados do PSDB votarem contra (o fator)."


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