Pressionado pelo deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), o doleiro Alberto Youssef apontou nesta ter�a-feira, 25, em acarea��o com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o pr�prio peemedebista como autor das intimida��es que ele e sua fam�lia v�m sofrendo nos �ltimos meses. Youssef disse que recorreu ao habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em sil�ncio porque se sentiu intimidado.
O questionamento inicial veio do deputado JHS (SD-AL), que primeiro perguntou se o intimidador estava presente. O delator da Opera��o Lava-Jato confirmou que sim, que conseguia "enxerg�-lo". "J� ficou bem claro que esse parlamentar n�o est� aqui para investigar assunto da Petrobras. Ele est� aqui para fazer insinua��es e intimida��es a respeito da minha intimidade, da minha fam�lia. Vim aqui para esclarecer assuntos referentes as opera��es feitas pela Petrobras", respondeu. "At� por isso eu pedi ao Supremo o sil�ncio. Estou aqui para colaborar com a verdade, n�o estou aqui para fazer insinua��es ou incriminar algu�m aqui que n�o esteja envolvido no processo em que eu participei. � lament�vel isso", completou.
Neste momento, Pansera disse que a acusa��o era grave e que ele deveria apontar o parlamentar. "� Vossa Excel�ncia. Vossa Excel�ncia sabe que minhas filhas nunca foram investigadas. Vossa Excel�ncia insiste em me intimidar, em desvirtuar a situa��o. Vossa Excel�ncia est� errado", insistiu o doleiro.
Com a resposta de Youssef, Pansera disse que se sentia amea�ado. Youssef rebateu que n�o era bandido, que n�o lhe agrediria, que apenas se defenderia na Justi�a. Em depoimento � Justi�a Federal, Youssef chegou a chamar Pansera de "pau-mandado" do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O doleiro n�o se conformou com os requerimentos aprovados pela CPI para quebra de sigilo de seus familiares. "Minhas filhas s�o honestas, id�neas e nunca participaram de nada dos meus neg�cios", refor�ou.
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), saiu em defesa de Pansera e disse que n�o admitia que fosse dito que a comiss�o n�o cumpre seu papel. "Ningu�m em nenhuma hip�tese vai tirar a prerrogativa de investigar a fundo", afirmou. Em apoio a Pansera, o deputado Carlos Marum (PMDB-MS) disse que vai subscrever os requerimentos do colega de bancada.