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Estado de Minas

Janot deve encontrar clima favor�vel em sabatina na CCJ do Senado


postado em 25/08/2015 22:01

Bras�lia, 25 - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, deve encontrar nesta quarta-feira, 26, um clima majoritariamente favor�vel � sua aprova��o durante a sabatina na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado Federal. Embora 13 dos 81 senadores sejam investigados na Opera��o Lava Jato, parlamentares dizem acreditar que o senador Fernando Collor (PTB-AL) dever� ser uma voz "solit�ria" nas cr�ticas a Janot.

A Pol�cia Legislativa dever� refor�ar a seguran�a durante a sabatina. Um dos motivos � o tom beligerante que vem sendo adota por Collor contra Janot. Por isso, o sabatinado dever� ser acompanhado por at� tr�s policiais e dentro da sala que abriga a Comiss�o dever� haver outros quatro integrantes da Pol�cia Legislativa do Senado. "Ningu�m sabe qual vai ser a rea��o dele (Collor). Vamos ficar atentos", disse um integrante da Pol�cia Legislativa � reportagem.

Embora Collor n�o seja membro titular da CCJ do Senado, a presen�a dele � aguardada por parlamentares. H� ainda a possibilidade de o ex-presidente participar da vota��o de Janot na CCJ. Isso ocorrer� se um dos tr�s senadores que comp�em o bloco do qual Collor faz parte - Eduardo Amorim (PSC-SE), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) - se ausentar da sess�o.

A aprova��o na sabatina � o primeiro passo a ser enfrentado pelo procurador para permanecer no cargo por mais dois anos, ap�s indica��o da presidente Dilma Rousseff. O atual mandato do procurador-geral expira no dia 17 de setembro. At� l�, Janot ser� submetido a duas vota��es secretas: uma delas na CCJ, onde precisa de maioria simples para ser aprovado, e no Plen�rio da Casa, onde s�o necess�rios pelo menos 41 votos. Embora o objetivo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) seja de dar "celeridade" ao processo de recondu��o de Janot, senadores ouvidos pela reportagem acreditam que poder� n�o haver tempo suficiente para que o nome de Janot passe pelo crivo, tanto da CCJ quanto do Plen�rio da Casa, ainda nesta quarta-feira. Como publicou o jornal O Estado de S.Paulo na segunda-feira, 24, a alta c�pula do PMDB "fechou um acordo" com o governo para a aprova��o de Janot.

Sabatina

A sabatina na CCJ est� marcada para ter in�cio �s 10h. Logo ap�s a abertura, o presidente da Comiss�o, senador Jos� Maranh�o (PMDB-PB), abrir� para que o procurador fa�a uma apresenta��o inicial, o que deve durar at� 20 minutos. O passo seguinte s�o as perguntas dos senadores da CCJ e, por �ltimo, a vota��o secreta.

Um senador ouvido reservadamente pela reportagem acredita que Janot ter� de responder a uma extensa lista de questionamentos feitos pelos senadores. Contudo, a expectativa � de que a sabatina n�o se alongue tanto quanto a do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou 12 horas respondendo questionamentos para ser aprovado. No radar dos parlamentares est�o questionamentos ligados a detalhes da Opera��o Lava Jato, como o uso da dela��o premiada em investiga��es, por exemplo.

Alguns senadores de oposi��o devem levar ao procurador-geral questionamentos sobre por qu� apenas dois dos 54 pol�ticos investigados foram denunciados ao STF. Na semana passada, a uma semana da sabatina, Janot ofereceu ao Supremo den�ncia do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), seus dois principais cr�ticos. Contudo, na vis�o de alguns parlamentares, os questionamentos da oposi��o devem ser feitos com ressalvas j� que alguns pol�ticos de partidos oposicionistas tamb�m figuram a lista de investigados.

Senadores ouvidos pela reportagem avaliam que o clima contra Janot havia "azedado" em meados de julho, quando foi deflagrada a Opera��o Politeia, que resultou em mandados de busca e apreens�o envolvendo parlamentares. Contudo, apesar de 8 dos 27 senadores titulares da CCJ serem investigados na Lava Jato a pedido de Janot, a leitura da Casa � que uma eventual rejei��o a seu nome soaria muito mal para a imagem da institui��o. "A Casa ficaria aos p�s de Janot e ele sairia daqui como um vitorioso", avalia um interlocutor. Na avalia��o de senadores, � melhor "tapar o nariz e votar pela aprova��o" do procurador-geral.


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