(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Assumo a responsabilidade', diz Pedro Corr�a a juiz da Lava Jato


postado em 26/08/2015 21:01

S�o Paulo, 26 - O ex-deputado Pedro Corr�a (PP-PE), preso pela Opera��o Lava Jato, afirmou em interrogat�rio nesta quarta-feira, 26, que s�o inocentes seus filhos, a ex-deputada Aline Corr�a (PP-SP) e F�bio Corr�a, a nora M�rcia Danzi e o ex-funcion�rio de seu gabinete na C�mara Ivan Vernon - todos r�us, como ele pr�prio, em a��o penal por corrup��o e lavagem de dinheiro. Diante do juiz federal S�rgio Moro, o ex-deputado fez um esclarecimento inicial, mas depois ficou em sil�ncio durante toda a audi�ncia.

"Estou sendo acusado com outras pessoas, e eu quero dizer que essas outras pessoas n�o t�m nenhuma responsabilidade nos fatos. Eu assumo a responsabilidade de todos os fatos", afirmou o ex-parlamentar, acusado pelo Minist�rio P�blico Federal de ter recebido pelo menos R$ 40,7 milh�es em propinas, entre 2007 e 2014. "Dizer que meu filho, o r�u Fabio Corr�a de Oliveira Andrade Neto, a r� Aline Lemos Corr�a de Oliveira Andrade, a r� M�rcia Danzi Russo Corr�a e o r�u Ivan Vernon, eles faziam apenas, cumpriam as determina��es que eu mandava. Eu � quem era a pessoa que tratava dos assuntos referentes �s imputa��es que est�o sendo feitas comigo atrav�s do Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), do Alberto Youssef (doleiro)."

Moro perguntou a Pedro Corr�a se ele estava confessando os crimes que lhe s�o imputados. "N�o � uma confiss�o", disse o ex-parlamentar. "Eu estou assumindo a responsabilidade de que os outros r�us n�o t�m nada a ver com isso. Eu assumo a responsabilidade."

Condenado no Mensal�o, o ex-parlamentar estava em regime semiaberto em Pernambuco. Pedro Corr�a foi detido em 10 de abril na Opera��o A Origem, desdobramento da Lava Jato, e cumpre pris�o preventiva em Curitiba.

O delator Rafael �ngulo Lopez, ex-faz-tudo do doleiro Alberto Youssef, afirmou � Justi�a Federal na segunda-feira, 24, que entregava todo m�s at� R$ 200 mil em dinheiro vivo para Pedro Corr�a. As entregas ocorriam, geralmente, em tr�s lugares: escrit�rio de Youssef, em S�o Paulo, resid�ncia do ex-parlamentar, em Recife, e no apartamento funcional da C�mara ocupado por Pedro Corr�a em Bras�lia. A longa rotina das propinas, segundo �ngulo, se estendeu desde 2007 at� 2014, ou seja, inclusive no per�odo em que Corr�a foi processado, julgado e condenado no Mensal�o.

"Eu n�o estou dizendo que eu cometi (corrup��o e lavagem)", declarou Pedro Corr�a ao juiz Moro. "Estou dizendo que eles (seus filhos, nora e funcion�rio) n�o participaram. Eu vou me defender, vou ter a defesa. Agora, que eles n�o t�m participa��o, que essa participa��o � �nica e exclusiva minha. Eles n�o t�m nenhuma participa��o. Se F�bio recebeu algum dinheiro, fui eu que mandei. Se depositou algum dinheiro na conta dos meus funcion�rios ou de outros filhos ou de minha nora, fui eu que mandei. Eles n�o t�m nenhuma participa��o sobre o fato."

O magistrado questionou se o ex-deputado responderia perguntas sobre sua responsabilidade. "Vou permanecer em sil�ncio", disse Pedro Corr�a. "Se provar que eu fiz alguma coisa, apenas s�o pessoas a quem eu determinava que fizessem."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)