No Supremo, Maluf nega contas em Jersey

Bras�lia, 26 - O deputado Paulo Maluf (PP/SP), ex-prefeito de S�o Paulo (1993-1996), foi interrrogado nesta quarta-feira, 26, no Supremo Tribunal Federal (STF), na a��o penal 863 em que � acusado de lavagem de dinheiro por meio de contas banc�rias atribu�das a ele na Ilha de Jersey. Maluf negou que tenha mantido ativos em Jersey. Negou conhecimento sobre contas na ilha. A a��o � presidida pelo ministro Luiz Fachin, que assumiu os processos contra o ex-prefeito - antes sob condu��o do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte.

Maluf foi ouvido pelo juiz federal instrutor Ricardo Rachid de Oliveira em uma sala de audi�ncias no Supremo. O deputado negou envolvimento em opera��es financeiras il�citas. O Minist�rio P�blico de S�o Paulo afirma que ele desviou recursos de grandes obras vi�rias da cidade, como o T�nel Airton Senna e a Avenida �gua Espraiada, na zona sul - o ex-prefeito nega.

A a��o ainda est� pendente de provas que o Minist�rio P�blico Federal pediu por meio de coopera��es com v�rios pa�ses. Em mar�o de 2014, Lewandowski determinou o desmembramento da a��o penal 863 contra Maluf. Com a decis�o, apenas o parlamentar, que possui prerrogativa de foro, ser� julgado pelo STF, enquanto os outros dez r�us da a��o, incluindo sua mulher, Sylvia Luftalla Maluf, e seus filhos Flavio e Ligia Maluf, ser�o julgados em outras inst�ncias.

A a��o foi aberta, inicialmente, pela 2� Vara Criminal da Justi�a Federal em S�o Paulo com base na den�ncia do procurador da Rep�blica, Rodrigo de Grandis, em dezembro de 2006. Nela, de Grandis apontou oito fatos criminosos, como a utiliza��o de contas em para�sos fiscais para a oculta��o de dinheiro supostamente oriundo de corrup��o.

Como Maluf foi diplomado deputado federal, o processo subiu para o Supremo e ficou sob a relatoria de Lewandowski, agora de Luiz Fachin. A den�ncia revela o tr�nsito de recursos atribu�dos ao ex-prefeito at� a Ilha de Jersey, para�so fiscal. Para fazer as transfer�ncias, Maluf, segundo a acusa��o, teria utilizado a conta Agatha.

A defesa do ex-prefeito n�o se manifestou sobre a audi�ncia desta quarta, 26, no Supremo.