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Estado de Minas

Ex-deputado usava e-mail "Nossa Senhora Aparecida" para combinar propina

A den�ncia do Minist�rio P�blico Federal apurou que Pedro Corr�a "recebeu para si, direta e indiretamente, a quantia aproximada de R$ 35,4 milh�es correspondente a 118 repasses de R$ 300 mil mensais"


postado em 28/08/2015 14:19 / atualizado em 28/08/2015 15:00

O ex-assessor parlamentar Ivan Vernon, que trabalhou no gabinete do ex-deputado Pedro Corr�a (PP/PE), afirmou em depoimento � Justi�a Federal nesta quarta-feira que ap�s a cassa��o do ex-parlamentar no mensal�o, em mar�o de 2006, ele passou a usar um e-mail em nome de Nossa Senhora Aparecida Consultoria. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, a conta era usada para combinar pagamento de propina com o doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato. Vernon foi interrogado em a��o que responde por lavagem de dinheiro, organiza��o criminosa e peculato.

Ivan Vernon foi questionado pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava Jato, sobre contas de e-mails usadas por Pedro Corr�a. “[email protected]”, questionou o juiz. “[email protected] � o e-mail do ex-deputado Pedro Corr�a. Antes, a conta era [email protected]. Depois da cassa��o se transformou nesse endere�o eletr�nico”, afirmou Ivan Vernon.

Pedro Corr�a est� preso desde 10 de abril, quando foi deflagrada a Opera��o A Origem, desdobramento da Lava Jato. Na den�ncia da Procuradoria, a for�a-tarefa da opera��o afirma que Pedro Corr�a mandou um e-mail da conta [email protected], em 22 de dezembro de 2010, para Alberto Youssef para "tratar do fornecimento de informa��es de contas banc�rias e valores para dep�sitos das vantagens indevidas oriundas da diretoria de Abastecimento da Petrobras".

“No referido e-mail cujo assunto era 'n�mero das contas', o denunciado Pedro Corr�a repassa informa��es de ag�ncias banc�rias, n�meros de contas, bem como os nomes de quatro pessoas f�sicas associadas a valores que chegam a R$ 100 mil para que Alberto Youssef efetuasse o repasse da vantagem indevida. Entre as pessoas interpostas utilizadas para o recebimento da propina encontra-se a denunciada M�rcia Danzi”, diz a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal.

O PP, com PT e PMDB s�o suspeitos de lotear diretorias da Petrobras, entre elas a de Abastecimento, para arrecadar entre 1% e 3% de propina em grandes contratos, mediante fraudes em licita��es e conluio de agentes p�blicos com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal foi desbaratado pela for�a-tarefa da Lava Jato.

Durante o depoimento, Vernon foi questionado tamb�m sobre a conta de e-mail ‘[email protected]’. Segundo a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, a combina��o para o recebimento de propina na conta do ex-assessor e de outras pessoas f�sicas e jur�dicas indicadas por Pedro Corr�a tamb�m est� registrada em e-mail encaminhado pelo ex-deputado([email protected]) para o doleiro Alberto Youssef ([email protected]), no dia 7 de maio de 2012.

“M�rcio Anselmo (delegado da for�a-tarefa da Lava Jato) j� me perguntou. Eu nunca vi isso ([email protected]). Existia no quarto de Pedro Corr�a um computador privativo dele, que s� ele possu�a a senha e o m�ximo que se fazia �s vezes era se jogar na impressora algum documento para imprimir. Esse e-mail, nunca vi”, afirmou Vernon.

A den�ncia do Minist�rio P�blico Federal apurou que Pedro Corr�a “recebeu para si, direta e indiretamente, a quantia aproximada de R$ 35,4 milh�es correspondente a 118 repasses de R$ 300 mil mensais, no per�odo de 14 de maio de 2004 a 17 de mar�o de 2014, pulverizados e estruturados em valores menores, acrescida de uma quantia de R$ 5,3 milh�es paga no primeiro semestre de 2010, o que totaliza a soma de R$ 40,7 milh�es de vantagem indevida”.

Em audi�ncia tamb�m na quarta-feira, o ex-deputado afirmou em interrogat�rio que s�o inocentes seus filhos, a ex-deputada Aline Corr�a (PP-SP) e F�bio Corr�a, a nora M�rcia Danzi e Ivan Vernon. Diante do juiz federal S�rgio Moro, o ex-deputado fez um esclarecimento inicial, mas depois ficou em sil�ncio durante toda a audi�ncia.

“Estou sendo acusado com outras pessoas, e eu quero dizer que essas outras pessoas n�o t�m nenhuma responsabilidade nos fatos. Eu assumo a responsabilidade de todos os fatos”, afirmou o ex-parlamentar, acusado pelo Minist�rio P�blico Federal de ter recebido pelo menos R$ 40,7 milh�es em propinas, entre 2007 e 2014. “Dizer que meu filho, o r�u Fabio Corr�a de Oliveira Andrade Neto, a r� Aline Lemos Corr�a de Oliveira Andrade, a r� M�rcia Danzi Russo Corr�a e o r�u Ivan Vernon, eles faziam apenas, cumpriam as determina��es que eu mandava. Eu � quem era a pessoa que tratava dos assuntos referentes �s imputa��es que est�o sendo feitas comigo atrav�s do Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), do Alberto Youssef (doleiro).”


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