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Estado de Minas

Em visita tumultuada, Lula reafirma disposi��o para concorrer � presid�ncia em 2018

Ex-presidente participa de ato em defesa da democracia no Chevrolet Hall, que n�o foi totalmente ocupado pela milit�ncia. Na rua, manifestantes entraram em confronto


postado em 29/08/2015 06:00 / atualizado em 29/08/2015 07:43

Antes de o ex-presidente discursar durante pela CUT, confronto entre manifestantes obrigou a PM a usar spray de pimenta(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Antes de o ex-presidente discursar durante pela CUT, confronto entre manifestantes obrigou a PM a usar spray de pimenta (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A passagem do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) por Belo Horizonte, ontem, foi marcada por tumulto em frente ao Chevrolet Hall, onde o l�der petista participou do 12º Congresso Estadual da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, que fez um ato em defesa da Petrobras e da democracia. Manifestantes contr�rios ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e os militantes aliados do petista chegaram a entrar em confronto, sendo preciso a interven��o da Pol�cia Militar para apaziguar os �nimos. Desde �s 16h30, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da CUT, de um lado, e do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Patriota, do outro, dividiam o espa�o na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Regi�o Centro-Sul de BH, � espera do ex-presidente.

Na porta do Chevrolet Hall, cerca de 100 manifestantes contr�rios ao PT gritaram palavras de ordem como “Eu vim de gra�a”, carregando um caix�o, que simbolizava a morte do partido, e exibindo faixas e cartazes, que pedem a investiga��o da presidente Dilma Rousseff e apoiam o juiz S�rgio Moro, coordenador das a��es penais da Lava-Jato. No canteiro central da avenida, apoiadores do PT, responderam com gritos de “Ol�, ol�, ol�, ol�, Lula, Lula”.

O clima ficou tenso quando os opositores ao PT fizeram um panela�o, chamando Lula de “ladr�o” e “chefe da quadrilha”, e invadiram a avenida atrapalhando o tr�nsito. A Pol�cia Militar teve de intervir, usando spray de pimenta para impedir o confronto entre os manifestantes. Uma mulher ignorou os pedidos dos policiais para n�o atravessar a avenida e partiu para provocar os militantes petistas, chamando-os de “vagabundos”. Ela acabou se envolveu em uma briga com os apoiadores do governo. Muitos motoristas fizeram buzina�o ao passar pelo local apoiando o protesto anti-Lula. Orientados pela PM, os manifestantes come�aram a se dispersar logo ap�s o in�cio do evento.

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

AGENDA Lula chegou  com uma hora e meia de atraso ao Chevrolet Hall, que n�o foi totalmente ocupado pela milit�ncia. Ele entrou no palco de bra�os dados com a presidente da CUT em Minas, Beatriz Cerqueira, e foi recebido pelo p�blico com gritos de ‘Lula, guerreiro do povo brasileiro’. Depois de distribuir aut�grafos, ganhar camisas e ouvir discursos de “n�o vai ter golpe”, o petista repetiu a declara��o, feita a uma r�dio pela manh�, de que pode concorrer de novo � Presid�ncia, em 2018. “Tem gente pensando: o Lula t� velhinho, o Lula t� cansado, o Lula n�o sei das quantas. Eu jamais vou dizer para algu�m que sou candidato, mas eu tamb�m jamais vou dizer que n�o sou. Enquanto eu tiver f�lego, perna e puder, vou percorrer este pa�s”, afirmou.

O ex-presidente se dirigiu aos opositores, dizendo que � leg�timo eles n�o concordarem com o governo e protestarem, mas, se quiserem chegar ao Pal�cio do Planalto, v�o ter de esperar 2018 para disputar e ganhar as elei��es. Segundo ele, o cargo n�o ser� conquistado “com um golpe para tirar a presidente Dilma”. Recebido por manifestantes, Lula disse que aqueles que hoje protestam aprenderam com eles, mas o fazem diferente. Segundo o petista, enquanto sua milit�ncia se manifestava por direitos como ao emprego, educa��o e outros, os manifestantes de hoje protestam contra os direitos alcan�ados pelos menos favorecidos. Lula chamou os respons�veis pelos protestos de privilegiados.

Pela manh�, logo depois do desembarque no Aeroporto da Pampulha, o ex-presidente se encontrou com o governador Fernando Pimentel (PT), com quem almo�ou no Pal�cio das Mangabeiras. � tarde, ele teve uma reuni�o a portas fechadas da executiva estadual do PT, em um hotel da capital mineira. Quem entrou teve de deixar o celular do lado de fora. Lula disse aos parlamentares que o PT precisa reencontrar sua narrativa neste momento de crise e dar de novo fervor � milit�ncia.

CANDIDATURA Na manh� de ontem, antes de embarcar para Belo Horizonte, em entrevista � R�dio Itatiaia, Lula afirmou pela primeira vez que, se for preciso, disputar� a Presid�ncia da Rep�blica. O ex-presidente declarou que tem como objetivo “tentar fazer com que essa gente que nunca fez nada pelo pa�s, que nunca se preocupou com a educa��o e com pol�ticas sociais, que governou para um ter�o da popula��o, n�o volte a governar”.

Na entrevista, Lula disse que Dilma, e tamb�m ele, n�o sabiam da corrup��o na Petrobras. “Eu n�o sabia, a Pol�cia Federal n�o sabia, a imprensa n�o sabia, o Minist�rio P�blico n�o sabia. Ficou sabendo depois do grampeamento do tal de Youssef (o doleiro Alberto Youssef), que tinha passagens pela pol�cia, falando com outros caras. Seria �timo se a Pol�cia Federal soubesse que o Paulo Roberto (Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) era do jeito que �”, disse.

MEA CULPA O ex-presidente fez ainda um mea-culpa sobre o envolvimento do PT na corrup��o na estatal. Segundo ele, o PT “cresceu demais e cometeu desvios porque come�ou a fazer pol�tica como outros partidos”. Lula disse n�o acreditar em um eventual impeachment da presidente Dilma. Para ele, a situa��o vai melhorar quando os resultados do pacote fiscal do governo come�arem a surtir efeito.


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