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Estado de Minas

Na PF, Dirceu tamb�m vai ficar em sil�ncio, diz defesa


postado em 31/08/2015 12:31 / atualizado em 31/08/2015 13:21

S�o Paulo, Curitiba e Bras�lia - O ex-ministro Jos� Dirceu vai permanecer em sil�ncio tamb�m na Pol�cia Federal, na tarde desta segunda-feira. Como j� fez perante a CPI da Petrobras, pela manh�, o ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula n�o ir� responder a nenhuma indaga��o, seguindo orienta��o de seu defensor, o criminalista Roberto Podval.

Preso desde 3 de agosto na Opera��o Pixuleco II, desdobramento da Lava-Jato, Dirceu est� preso sob suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro. O Minist�rio P�blico Federal atribui ao ex-ministro o papel de "instituidor" do esquema de propinas que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014.

O criminalista Roberto Podval destaca pelo menos dois pontos que reputa fundamentais para tomar a decis�o de manter Dirceu calado na PF. Um deles � o laudo pericial conclu�do na semana passada que aponta incompatibilidade nos rendimentos por ele auferidos via JD Assessoria e Consultoria, sua empresa. O laudo aponta que 80% dos rendimentos declarados n�o transitaram por suas contas banc�rias.

O outro ponto invocado pelo defensor � o fato de ainda n�o ter tido oportunidade de analisar a �ntegra da dela��o do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que cita o ex-ministro como benefici�rio de propinas do esquema na Petrobras.

"Jos� Dirceu vai ficar em sil�ncio tamb�m na Pol�cia Federal porque ainda n�o tivemos acesso a muitos documentos. Por exemplo, acessamos o laudo pericial da Pol�cia Federal, mas n�o todo o material que demonstra como (os peritos) chegaram ao resultado. Esse material ainda n�o foi juntado aos autos. Ent�o, n�o tenho como falar sobre o laudo sem ter isso", aponta Roberto Podval.

O advogado fala das dela��es do lobista Milton Pascowitch e do empreiteiro Ricardo Pessoa. O primeiro, tamb�m alvo da Lava-Jato, imputou a Dirceu o recebimento de valores il�citos e provocou a deflagra��o da Pixuleco, no dia 3 de agosto, que culminou com a pris�o do ex-ministro de Lula.

"O juiz federal S�rgio Moro nos franqueou a dela��o do Milton (Pascowitch), mas n�s n�o temos por parte do ministro Teori (Zavascki, do Supremo Tribunal Federal) a �ntegra da dela��o do Ricardo Pessoa", declarou Podval.

Para o criminalista � preciso "encontrarem um meio termo" entre o direito de defesa e a necessidade de manter sob sigilo trechos das dela��es que podem incriminar outros personagens da Lava-Jato.

"Acho que est�o precisando organizar isso. Entendo que o teor das dela��es pode gerar novas investiga��es ainda pendentes, provavelmente envolvendo outras pessoas que n�o t�m nada a ver com Dirceu. Mas temos que achar uma forma que n�o prejudique as investiga��es futuras e que n�o prejudique o direito de defesa."

Segundo Podval, o ex-ministro gostaria de esclarecer todos os pontos da investiga��o que o acusa de "instituidor" do esquema na Petrobras. "Mas n�o temos um conhecimento pleno do que h� contra Dirceu. Obviamente, n�o � culpa de ningu�m, mas h� que se conciliar o interesse da investiga��o, por um lado, e a garantia da defesa, por outro lado. Essa � a dificuldade que a defesa est� tendo hoje. N�o consigo fazer com que ele (Dirceu) se defenda porque n�o conhecemos a �ntegra das investiga��es, sob pretexto de n�o atrapalhar as investiga��es, e a defesa n�o pode ficar nessa condi��o."


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