
Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, entregaram na tarde desta segunda-feira ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB) o projeto do Or�amento de 2016. O relator do Or�amento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO), tamb�m participaram da entrega da proposta. Segundo Ricardo Barros (PP-PR), o d�ficit or�ament�rio em 2016 vai ser de R$ 30,5 bilh�es, o que corresponde 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), n�mero confirmado pelos titulares das pastas. Ainda segundo os ministros, a expectativa do governo � que a economia crescer� 0,2% em 2016 e a infla��o ser� de 5,4%.
Na proposta, segundo o ministro do Planejamento, o governo trabalha com a previs�o de crescimento de 1,7% em 2017 e eleva��o do PIB em 2% em 2018 e 2,5% no ano seguinte. Barbosa diz que a baixa da demanda interna � a causa da queda do PIB deste ano, apesar do saldo comercial j� ter melhorado. J� sobre a infla��o, os n�meros devem voltar a ficar dentro da meta em 2017, quando, segundo o ministro, ficar� em 4,5%. “Este ano � um ano de retra��o de atividades e isso afeta a arrecada��o do ano seguinte”, disse.
Ainda durante a coletiva, o ministro do Planejamento disse que o sal�rio m�nimo do pr�ximo ano ser� de R$ 865,50.O sal�rio m�nimo para 2016, segundo a PLOA, � de R$ 865,50. As proje��es para 2017 indicam que o sal�rio m�nimo ser� de R$ 910,4; para 2018 a inten��o � de que feche em R$ 957,8; e para 2019, em R$ 1.020,8.
Barbosa anunciou medidas tribut�rias como a revis�o da desonera��o do PIS/Cofins de computadores, tablets e smartphones; revis�o da tributa��o de bebidas como vinhos, destilados e sobre opera��es de cr�dito do BNDES. O ministro ainda disse que o def�cit � “tempor�rio”. O Principal desafio � controlar os gastos obrigat�rios da Uni�o”, disse, citando a Previd�ncia Social, Sa�de e funcionalismo p�blico.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo aposta no crescimento da ind�stria, no m�dio prazo, para ajudar no crescimento da economia, al�m da aprova��o da reforma do PIS/Confins em tramita��o no Congresso. "A gente sabe aonde a gente quer chegar e a gente sabe como vai chegar", disse. Levy disse estar otimista sobre a retomada do crescimento econ�mico.
Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer afirmou que a proposta com o deficit mostra que “n�o h� maquiagem nas contas”,. O coment�rio foi feito durante palestra no F�rum Exame, na capital paulista.
Segundo Temer, o governo abandonou a ideia do retorno da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), cuja reativa��o foi discutida “de �ltima hora”, e "muitas vozes" se levantaram contra. “Precisamos preparar o ambiente, ou teremos derrotas fragorosas no Congresso”, declarou. “O que a sociedade n�o aplaude � o retorno repentino da CPMF”, afirmou.
Temer falou tamb�m sobre a possibilidade de aumento de impostos. “N�o vamos pensar em uma carga tribut�ria mais elevada”, disse ele. Ap�s a declara��o, o vice-presidente foi aplaudido pela plateia, formada principalmente por empres�rios. “Vou levar esse aplauso para o [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy e para o [ministro do Planejamento Joaquim] Barbosa.”
Com ag�ncias