O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse nesta segunda-feira que o governo apresentou, sim, o Or�amento de 2016 com um d�ficit, mas n�o poderia ser de outro jeito. "O governo est� sendo absolutamente transparente. Tem um or�amento, dentro daquilo que arrecadamos, o que podemos gastar. E temos que discutir com a sociedade brasileira as alternativas. O que se esperava que o governo fizesse? Maquiasse n�meros, inflasse receitas, para que se justificasse o que n�o se justifica?", questionou.
O ministro ainda foi indagado pelos jornalistas se o governo vai cortar gastos. "O governo vai cortar gastos, sim, vai adequar suas contas conforme est� anunciado e expresso inclusive nas falas dos ministros da Fazenda e do Planejamento", limitou-se a responder.
Durante sua fala no F�rum Exame 2015, ele apontou diversas vezes a necessidade de uni�o e converg�ncia, apesar de n�o ter citado nenhum partido da oposi��o ou qualquer outra lideran�a. Questionado sobre se n�o deveria ser mais expl�cito, ele afirmou que n�o vai nominar ningu�m. "Estou falando sobre todas as for�as pol�ticas e sociais do Pa�s. N�s vivemos momento de crise e � necess�rio que nos unamos e tenhamos converg�ncia, em defesa do Pa�s, do interesse p�blico, do nosso desenvolvimento. N�o me cabe chamar A, B, C ou D".
Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que teria recusado um convite para conversar com o ex-presidente petista Lula, Cardozo disse que se negar ao di�logo � ruim para o Brasil. "� um direito deles, mas n�o acho que � bom para o Pa�s. Temos de deixar nossas disputas para o momento certo da vida democr�tica". Ele afirmou que o governo tem mostrado permanente disposi��o ao di�logo, com a base e a oposi��o.