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Estado de Minas

"N�o h� justificativa para meu nome entrar nisso", diz Anastasia sobre arquivamento de investiga��o

Senador comenta pedido feito pelo MPF de arquivamento das acusa��es contra ele


postado em 01/09/2015 06:00 / atualizado em 01/09/2015 11:32

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Tr�s dias ap�s a Procuradoria-Geral da Rep�blica pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investiga��o, no �mbito da Opera��o Lava-Jato, contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ele desabafa: “Tenho 30 anos de servi�o p�blico. Nunca tive um processo, uma acusa��o. Moro em Belo Horizonte, todos que me conhecem sabem que tenho uma vida simples”. Segundo o senador, nos dias de hoje, o princ�pio da presun��o da inoc�ncia anda “arranhado” principalmente porque as not�cias s�o veiculadas como se a pessoa representada pelo Minist�rio P�blico j� tivesse sido condenada.

 

No �mbito da Opera��o Lava-Jato, o senhor foi citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, que alegou ter-lhe entregue recursos distribu�dos pelo doleiro Alberto Youssef. Como foi a sua defesa?
O Minist�rio P�blico Federal tem o dever de fazer apura��es. Pelo fato de ser senador, por eu ter foro privilegiado, teve de pedir autoriza��o ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a abertura do inqu�rito. O ministro Teori Zavascki, relator do caso, autorizou. E a Pol�cia Federal fez as investiga��es. Ouviu o Alberto Youssef, que recha�ou as afirma��es do tal Careca, pessoa que nunca vi na vida. A investiga��o da Pol�cia Federal levou o Minist�rio P�blico Federal a concluir a inexist�ncia de ind�cios m�nimos contra a minha pessoa. Por isso encaminhou ao STF o pedido de arquivamento. Eu recebi a not�cia satisfeito com o reconhecimento da Justi�a deste equ�voco.

Que avalia��o faz do preceito da presun��o da inoc�ncia no Brasil, num momento em que basta ser citado por um r�u para se tornar investigado e ser apresentado como culpado?
Quando fui envolvido nisso, o meu sentimento foi de indigna��o, raiva e tristeza. A vida inteira agindo corretamente, trabalhando corretamente, para isso? Tenho 30 anos de servi�o p�blico. Nunca tive um processo, uma acusa��o. Moro em Belo Horizonte, todos que me conhecem sabem que tenho uma vida simples. Todos esses sentimentos se misturaram. Mas sempre com a consci�ncia tranquila, pois o fato inexistiu. Diante dessa situa��o inveross�mil e fantasiosa, sempre tive confian�a que haveria o arquivamento. Mas acho que nos dias de hoje a presun��o da inoc�ncia anda muito arranhada. O Minist�rio P�blico Federal fez o seu papel institucional. N�o temos cr�tica. Mas quando a not�cia � alardeada em �mbito nacional, em repercuss�o como se a pessoa j� estivesse condenada, � muito complicado, fica uma situa��o desagrad�vel. E o pior � que, nesse caso concreto, a situa��o descrita na dela��o � inveross�mil. Um governador do estado receber recurso de quem nunca viu.

O doleiro Alberto Youssef negou ter enviado ao senhor qualquer recurso, mas afirmou ter mandado a algu�m em Belo Horizonte R$ 1 milh�o. Por que o seu nome entrou nisso?
Esse � o mist�rio. N�o h� justificativa para o meu nome entrar nisso. Primeiro porque era governador da oposi��o, nunca tive relacionamento com a Petrobras, n�o h� e-mail, telefonema, nada a nenhum diretor. A �nica coisa que havia era a afirmativa do tal Careca, com quem nunca estive, que inclusive n�o estava em dela��o premiada. Quem estava em dela��o premiada era o Yousseff que, ao contr�rio, nunca disse nada sobre mim. Ele afirmou que mandou a Belo Horizonte, mas n�o foi para o Anastasia. Fui envolvido em algo kafkiano.

Quem teria recebido esse dinheiro em Belo Horizonte?

N�o tenho a menor ideia. Posso afirmar com certeza que n�o foi para mim. N�o recebi nada. E fui envolvido nisso. Espero que seja esclarecido o que aconteceu, e inclusive, qual foi o motivo que levaram a inserir o meu nome nisso.


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