O ministro da Sa�de, Arthur Chioro, afirmou nesta quarta-feira que desistiu da defesa do retorno da CPMF, mas que ainda acredita ser necess�rio um debate com a sociedade sobre uma forma de financiamento da sa�de. "As consultas que n�s fizemos (em rela��o � CPMF) n�o davam sustenta��o para discuss�o, que precisa ser mais aprofundada. N�o tinha viabilidade", afirmou.
Chioro disse ainda que "n�o est� em discuss�o por parte do governo a cria��o de outro tributo". "Nosso problema de financiamento est� colocado e agora as alternativas v�o ser discutidas com a sociedade e com o Congresso", afirmou.
Questionado se j� havia desistido do debate em torno da CPMF, o ministro falou que sim. "Da contribui��o sim, mas da discuss�o do financiamento, jamais", ressaltou. Chioro afirmou ainda n�o ter sido pressionado pela �rea econ�mica do governo para desistir da defesa do retorno do imposto. "N�o tem nenhuma crise no governo", disse.
O ministro passou a manh� desta quarta-feira recebendo parlamentares de diversos partidos no gabinete da lideran�a do governo na C�mara dos Deputados. O objetivo dos encontros, segundo o minist�rio, era checar as demandas dos parlamentares ligadas � sa�de e que est�o em andamento.
Mais de 30 deputados chegaram a se inscrever em uma lista para serem atendidos pelo ministro. No entanto, apenas 24 foram ouvidos. Chioro chegou por volta das 9 horas na C�mara e come�ou a atender um por um, conforme a ordem de chegada. Por conta de problemas de agenda, entretanto, depois a reuni�o acabou sendo aberta a mais de um deputados por vez.
Segundo a deputada J� Moraes (PCdoB-MG), que foi ouvida em particular por Chioro, o ministro n�o comentou as dificuldades no Or�amento nem sobre a necessidade de um novo financiamento para a �rea da Sa�de, como chegou a ser cogitado na semana passada com a ideia do governo em recriar a CPMF. "Ele n�o tocou neste assunto", disse.
O deputado Mauro Pereira(PMDB-RS) disse que pediu ao ministro a regulariza��o do pagamento a um hospital p�blico em Caxias do Sul, mas afirmou que Chioro n�o falou diretamente das dificuldades de verbas. "N�s estamos a par da situa��o financeira da Uni�o, mas pedi que os recursos para a sa�de tenham prioridade", disse.