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Estado de Minas

Para c�pula do PMDB, Temer 'escorregou' ao falar de popularidade de Dilma

Deputados de oposi��o tamb�m acham que as declara��es do vice-presidente s�o resultado de um choque de realidade


postado em 04/09/2015 19:07 / atualizado em 04/09/2015 20:20

(foto: José Cruz/ Agência Brasil)
(foto: Jos� Cruz/ Ag�ncia Brasil)

A c�pula do PMDB acredita que o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, "escorregou" nesta quinta-feira, 3, ao dizer que ser� dif�cil a presidente Dilma Rousseff concluir os pr�ximos tr�s anos de mandato se os �ndices de popularidade continuarem t�o baixos como os atuais. Os peemedebistas concordam que Temer disse o que realmente pensa sobre cen�rio pol�tico-econ�mico, mas que n�o deveria sequer ter aceitado o convite para participar de um evento promovido pelo movimento "Acorda Brasil", grupo que defende o impeachment da presidente Dilma.

Temer foi questionado sobre os cen�rios que podem levar ao afastamento da petista e respondeu: "Hoje o �ndice (de popularidade) � realmente muito baixo. Ningu�m vai resistir tr�s anos e meio com esse �ndice baixo", avaliou. "Se continuar assim, 7% de popularidade, de fato fica dif�cil passar de tr�s anos", afirmou.

"Acho que ele escorregou por estar em um ambiente que ele n�o dominava e � hostil", comentou um cacique da legenda. O dirigente, que falou em condi��o de anonimato, avaliou que Temer n�o est� "habituado ao embate contr�rio, p�blico e agressivo" e que, uma vez aceito o convite para o encontro, deveria ter se preparado para enfrentar a situa��o. H� quem concorde no partido com a tese governista de que a frase foi descontextualizada.

J� os peemedebistas favor�veis ao rompimento com o governo avaliariam que o vice-presidente foi honesto em suas palavras. Parlamentar pr�ximo ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que Temer est� apenas sendo "realista". "Ele trocou o otimismo pelo realismo. � uma declara��o que n�o pode ser considerada simplesmente um ato falho. O vice-presidente Michel relatou uma realidade", afirmou Marun.

Para o parlamentar, o vice de Dilma tornou-se "realista" ao ser surpreendido com encontros da presidente com integrantes de seu partido - Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ) -, e ao saber pela imprensa de decis�es como o corte de minist�rios e a recria��o da CPMF.

Marum disse que o governo precisa vencer a crise econ�mica se quiser reverter a crise de popularidade. "Ou o governo demonstra capacidade de reverter essa situa��o ou se demonstra incompetente para governar o Pa�s", afirmou. "A popularidade da presidente � uma consequ�ncia. O maior problema � a crise de credibilidade, que ela n�o reverte mais. Ela pode reverter a crise econ�mica. Se reverter, mesmo com a credibilidade abalada, melhora a popularidade".

"Foi uma atitude honesta, com base na experi�ncia e na viv�ncia que ele tem", concluiu o deputado Danilo Forte (PMDB-CE). O peemedebista avalia que na atual circunst�ncia, s� Temer teria condi��es de aglutinar for�as pol�ticas e econ�micas para tirar o Pa�s da crise.

Forte acredita que Temer apenas externou o sentimento da opini�o p�blica, que reprova o governo Dilma. "Golpe no povo � continuar do jeito que est�. Ningu�m est� mobilizando as For�as Armadas, estamos fazendo o debate pol�tico", disse.

"A declara��o, efetivamente, vai animando aqueles que acham que tem que mudar. Vai mostrando a fraqueza dela, vai solidificando a opini�o do povo brasileiro de que ela n�o tem condi��o", disse L�cio Vieira Lima (PMDB-BA).

Oposicionistas


Deputados de oposi��o tamb�m acham que as declara��es de Temer s�o resultado de um choque de realidade. "Como ele come�ou a andar na rua, captou que a popula��o n�o aguenta mais ela (Dilma)", afirmou o presidente do Solidariedade e tamb�m aliado de Cunha, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a (SD). "At� o vice-presidente est� concordando que n�o tem mais jeito, que a Dilma n�o tem mais condi��es de governar", disse o deputado.

Para Paulinho, as declara��es de Temer engrossar�o o movimento suprapartid�rio pr�-impeachment que deve ser lan�ado pela oposi��o na pr�xima semana. O grupo � formado por deputados de PSDB, PPS, DEM, SD, PSC e at� partidos da base, como PMDB e PSD.

O l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE), acredita que as declara��es de Temer demonstram sintonia com a realidade, j� que a situa��o � dif�cil e o vice-presidente n�o foi "bem utilizado" na articula��o pol�tica. "Foi uma constata��o, n�o uma cr�tica", observou.

Panos quentes

Os petistas tentaram amenizar a repercuss�o das frases de Temer e conclu�ram que o peemedebista foi "mal interpretado". "Acho que foram tiradas do contexto", opinou o vice-l�der do governo na C�mara, Paulo Teixeira (PT-SP). O petista disse que Temer vem se mostrando "muito leal a Dilma" e que ambos t�m o mesmo objetivo: lutar para tirar o Pa�s da crise.

O l�der do PT na C�mara, Sib� Machado (AC), foi na mesma linha do colega de bancada. O petista concordou que, da forma como foram divulgadas as declara��es, h� um clima de desconforto. "Tenho ele na mais alta conta da responsabilidade (com o governo). Ele nos ajudou demais. N�o posso acreditar que paire sobre a cabe�a dele (Temer) qualquer iniciativa golpista. Gostaria de ouvir dele (a explica��o). Quero imaginar que foi mal interpretado", afirmou Sib�.


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