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Estado de Minas

Feriado do Dia da Independ�ncia ser� de protestos pelo pa�s

Grupos contr�rios � presidente Dilma Rousseff prometem atos contra a corrup��o pelo Brasil. Em BH, pra�as Sete e Raul Soares recebem atos


postado em 07/09/2015 07:00 / atualizado em 07/09/2015 07:48

<b>Pixuleco:</b> Movimentos que pedem o impeachment de Dilma levam inflável de Lula para as ruas hoje(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA)
Pixuleco: Movimentos que pedem o impeachment de Dilma levam infl�vel de Lula para as ruas hoje (foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA)

O PT acostumou-se, ao longo dos �ltimos anos, a transformar as comemora��es da Independ�ncia do Brasil, celebradas no dia 7 de setembro, em uma programa��o ufanista, para celebrar a liberta��o de Portugal e ressaltar os avan�os conquistados sob a �gide de Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Mas as comemora��es do 193º Dia da Independ�ncia, marcadas para hoje, ter�o mais elementos al�m do tradicional desfile c�vico-militar. Uma onda de protestos contra a presidente deve ocorrer em todo o pa�s.  Em Belo Horizonte est�o previstas  manifesta��es nas pra�as Sete e Raul Soares. Para evitar um novo panela�o e mais desgaste pol�tico, Dilma n�o far� pronunciamento em rede nacional de TV. Assim como ocorreu no Dia do Trabalho, a mensagem presidencial ser� divulgada apenas na internet.

Os movimentos que defendem o impeachment da petista v�o levar o boneco infl�vel de Lula, que ficou conhecido como Pixuleco, para a Esplanada dos Minist�rios. A Pol�cia Militar teme que os �nimos se acirrem e v�o refor�ar a seguran�a. O Pixuleco j� foi furado durante uma manifesta��o em S�o Paulo. Existe a expectativa de que, desta vez, um boneco da presidente Dilma tamb�m seja exibido no local. Haver� tamb�m atos em prol da presidente, mas que trar�o cr�ticas � pol�tica econ�mica, impedindo-a de escapar de reclama��es de ambos os lados.

“N�o acredito que as manifesta��es juntar�o muitas pessoas nas ruas. Mas elas ser�o pontuais e midi�ticas, espalhadas por todo o pa�s e com capacidade de ofuscar as comemora��es da Independ�ncia”, acredita o professor de ci�ncia pol�tica da Universidade de Bras�lia Ricardo Caldas. A presidente Dilma Rousseff sair� do Pal�cio da Alvorada em carro comum e embarcar� no Rolls Royce em frente ao Corpo de Bombeiros, �s 8h45. No carro, ela far� a revista �s tropas. Em seguida, dirige-se � tribuna para dar in�cio ao desfile. S�o executados os hinos nacional e da Independ�ncia e apresenta��o do Fogo Simb�lico da P�tria. O desfile acabar� por volta de 10h.

O analista pol�tico Paulo Kramer avalia que este 7 de setembro ser� lembrado pelo momento de crise pol�tico-econ�mica vivido pelo governo. “Vai ser um 7 de setembro marcado por um momento de enfraquecimento in�dito da presidente, sem boas not�cias e sem o PT na oposi��o para mandar todos se vestirem de preto. A sorte do Lula e da Dilma � que � o partido deles � que est� no governo”, disse.

Uma manifesta��o contra o governo de Dilma est� marcada para come�ar logo ap�s o fim do desfile. Segundo o integrante do Movimento Brasil Ricardo Honorato, um dos organizadores do protesto, o ato ficar� concentrado em frente ao Museu Nacional da Rep�blica e n�o deixar� o local. O objetivo, de acordo com Honorato, � evitar conflito com manifestantes pr�-governo de Dilma que tamb�m estar�o pr�ximo ao local.

O PT publicou nesta semana, em sua p�gina na internet, um comunicado em que convoca a milit�ncia para ir �s ruas hoje, acompanhar o Grito dos Exclu�dos, com bandeiras do Brasil � m�o. O ato come�ar� �s 7h, na Catedral e seguir� at� a Esplanada dos Minist�rios e acontece todos os anos nesta data. O grito � composto pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Frente de Luta pela Moradia (FLM) e Central de Movimentos Populares (CMP), e pede a sa�da do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), al�m de mudan�as na pol�tica econ�mica do governo e defesa do mandato de Dilma. At� o meio da semana, o Pal�cio do Planalto n�o monitorava os protestos.

Para um dos vice-l�deres do PT na C�mara Carlos Zarattini (PT-SP), o momento delicado vivido pelo governo e pelo partido n�o pode ofuscar os avan�os realizados pelo pa�s ao longo dos �ltimos 13 anos. “Conquistamos nossa independ�ncia energ�tica, ganhamos autonomia e respeito internacional e promovemos a inclus�o social de milh�es de pessoas.”

 

Mem�ria

Momentos de tens�o


(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
2011

» No primeiro 7 de setembro da presidente Dilma, aproximadamente 25 mil pessoas participaram da Marcha contra a Corrup��o na Esplanada dos Minist�rios. A concentra��o ocorreu em frente ao Museu da Rep�blica. Vestidos de preto e com narizes de palha�o, os manifestantes cobraram a aplica��o da Lei da Ficha Limpa e atacaram esc�ndalos de corrup��o que culminaram na queda de v�rios ministros petistas. A marcha seguiu por toda a Esplanada, passou pela Pra�a dos Tr�s Poderes e terminou em frente ao Minist�rio da Justi�a.

(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
2012

» Ap�s o protesto do ano anterior, o Pal�cio do Planalto resolveu tomar provid�ncias para evitar vaias e constrangimentos. Tapumes e cercas de ferro isolaram estrategicamente a presidente e as autoridades que acompanharam o desfile do Dia da Independ�ncia. Duas estudantes conseguiram furar o cerco policial e, de topless, fizeram um r�pido protesto. Elas integravam o grupo feminista Femen.

(foto: Ricardo Moraes / Reuters)
(foto: Ricardo Moraes / Reuters)
2013

» Impulsionado pelos protestos de junho que sacudiram o pa�s, o 7 de Setembro ganhou for�a e foi marcado por protestos violentos em Bras�lia, S�o Paulo e Rio de Janeiro (foto). Nestas cidades, houve confronto com a pol�cia e deten��es. Um dia antes, temendo a propor��o que os protestos poderiam tomar, a presidente Dilma fez um pronunciamento na televis�o e afirmou que o governo deveria ter “humildade e autocr�tica”. Lembrou tamb�m que a popula��o tinha todo o direito de se indignar e cobrar mudan�as.

(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
(foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
2014

» Ano de elei��o presidencial, a presidente, que era candidata � reelei��o, ouviu aplausos e vaias ao desfilar no Rolls-Royce pela Esplanada dos Minist�rios. Citados no esquema de corrup��o da Petrobras, o presidente da C�mara, � �poca, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros, n�o prestigiaram o evento.


Advogado proibido de ir ao desfile

O advogado Matheus Sathler Garcia, que divulgou um v�deo na internet em que amea�a promover um golpe militar e decapitar a presidente Dilma Rousseff, est� impedido de se aproximar da Pra�a dos Tr�s Poderes e da Esplanada dos Minist�rios, em Bras�lia, hoje, durante as comemora��es do Dia da Independ�ncia. O juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos determinou que ele guarde a dist�ncia m�nima de 1km desses locais, onde ocorrer� o desfile. Garcia foi candidato a deputado federal pelo PSDB do Distrito Federal em 2014. O magistrado tamb�m proibiu o advogado de se ausentar de Bras�lia. No despacho, o juiz autorizou que a Pol�cia Federal monitore o cumprimento dessas medidas eletronicamente.



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