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Estado de Minas

PMDB cobra de Dilma corte de gastos antes de aumento da carga tribut�ria


postado em 10/09/2015 09:19 / atualizado em 10/09/2015 09:51

O PMDB decidiu deixar exclusivamente para o governo - e para o PT - o desgaste da defesa do aumento de impostos como forma de salvar as contas p�blicas. Apesar de entenderem que n�o h� sa�da para a crise econ�mica sem melhorar a arrecada��o, os peemedebistas, no comando do Senado e da C�mara, querem que, primeiro, o Executivo reduza gastos para, em seguida, retomar as negocia��es sobre a eleva��o dos tributos.

Por ora, o PMDB insistir� na diminui��o do custeio da m�quina p�blica, como a redu��o de minist�rios, cargos comissionados e at� de programas que s�o vitrine da administra��o petista - medidas at� agora apenas ensaiadas pela presidente Dilma Rousseff.

Ap�s promover um jantar na ter�a-feira, 8, com a presen�a de governadores e lideran�as do partido, o vice-presidente Michel Temer concluiu que n�o h� clima nem para a defesa de propostas como o reajuste da Contribui��o Sobre o Dom�nio Econ�mico (Cide) sobre os combust�veis.

A ideia conta com o respaldo dos governadores que t�m dificuldade de fechar suas contas, mas � rejeitada pela c�pula do Congresso, que n�o pretende assumir sozinha medidas impopulares. Nesse sentido, a ideia � rejeitar, agora, a eleva��o de impostos, mas deixar, internamente, seguir o debate sobre as dificuldades de arrecada��o dos governos.

Risco

No fim da tarde de quarta-feira, 9, o clima ficou mais tenso no Congresso, ap�s a ag�ncia de classifica��o de risco S&P rebaixar a nota de cr�dito do Brasil e ter se referido a "diverg�ncias" na coaliz�o governista sobre o Or�amento para 2016, que foi enviado ao Congresso com previs�o de d�ficit de R$ 30,5 bilh�es: "Essa mudan�a (no Or�amento) reflete diverg�ncias internas sobre a composi��o e a magnitude das medidas necess�rias para corrigir a derrapagem nas finan�as p�blicas", escreveu a ag�ncia.

Na tentativa de se preservar desse desgaste do d�ficit, os l�deres do PMDB no Legislativo viram as costas at� mesmos para seus governadores e prefeitos. Um caso exemplar � o do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB). Ele � a favor tanto do reajuste da Cide como da recria��o da CPMF, pois ambas as contribui��es preveem porcentuais de repasses da Uni�o aos governos estaduais e prefeituras. Na manh� de quarta, por�m, seu pai, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi em sentido oposto ao do filho. "Isso (aumento de impostos) � uma coisa que mais adiante pode ser discutida, mas h� uma preliminar que � o corte de despesa, a efici�ncia do gasto p�blico e � isso que precisa, em primeiro lugar, ser colocado."

No Rio de Janeiro, apesar dos apelos do governador Luiz Fernando Pez�o, seu principal aliado no Congresso, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a declarar ontem ser radicalmente contra a ideia. "Se isso � uma estrat�gia de bal�o de ensaio, � contra ele (o governo) mesmo", disse.

Ap�s o rebaixamento da S&P, o l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que "n�o d� mais para retardar o corte de gastos". E reconheceu, tamb�m, o papel do Legislativo. "O Congresso n�o pode ceder a press�es e votar projetos que aumentam as despesas."

Frente


As cr�ticas p�blicas ao aumento de tributos pensado pelo governo tamb�m n�o impediram que um grupo de parlamentares da Frente do Setor Sucroalcooleiro, presidida pelo deputado S�rgio Souza (PMDB-PR), solicitasse audi�ncia com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para defender a iniciativa. "A frente conta com parlamentares de quase todos os partidos. N�o tem jeito. � preciso melhorar a arrecada��o e o aumento da Cide pode ajudar a impulsionar o setor alcooleiro com o aumento da produ��o de etanol", afirmou o peemedebista.

O setor ruralista, forte na legenda, deve seguir encampando a Cide. Esse tributo, por�m, n�o agrada a presidente. Segundo interlocutores, Dilma tem "receio" do impacto inflacion�rio dessa medida. (Daniel Carvalho, Erich Decat, Isadora Peron, Ricardo Brito e Lorenna Rodrigues)


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