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Estado de Minas

Aliado de Renan n�o explica R$ 1,8 mi em dinheiro vivo em casa


postado em 12/09/2015 15:07 / atualizado em 12/09/2015 15:51

Apontado por delatores da Lava Jato como 'representante' do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) para negociar propinas no esquema de corrup��o na Petrobras, o deputado An�bal Gomes (PMDB-CE) n�o soube explicar � Pol�cia Federal porque teve uma evolu��o patrimonial de R$ 300 mil em 2006 para R$ 6,8 milh�es em 2010, conforme ele pr�prio declarou � Justi�a Eleitoral.

Diversas vezes o parlamentar recorreu a uma explica��o singela - 'n�o me recordo' - para valores em esp�cie que mantinha em sua casa e outros bens, como propriedades rurais no Tocantins. O parlamentar dep�s no dia 27 de agosto. Ele foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, como 'representante' do presidente do Senado no esquema de propinas na estatal. An�bal Gomes negou � PF que fosse emiss�rio de Renan.

Sobre os valores que n�o conseguiu explicar, afirmou apenas que pediu ao seu contador "conhecido como Tim" para "que apresentasse uma justificativa para a evolu��o patrimonial constatada a partir destas duas declara��es (de bens de 2010 e 2014)".

O esquecimento do parlamentar surpreendeu os investigadores. "Que, indagado da origem do valor de R$ 1.300.000,00 (um milh�o e trezentos mil reais), em esp�cie, constantes de sua Declara��o � Justi�a Eleitoral de 2010, o declarante afirma que este valor decorre da venda de sua participa��o em uma empresa cujo nome n�o se recorda", anotou a Pol�cia Federal no termo de declara��es de An�bal Gomes.

O suposto aliado de Renan foi indagado sobre fazendas no Estado do Tocantins listadas em sua declara��o de 2010. A vers�o do parlamentar: "O declarante afirma que s�o, na verdade, lotes de aproximadamente seiscentos a oitocentos hectares; que, indagado a origem dos recursos com os quais adquiriu tais fazendas, o declarante afirma que n�o se recorda."

An�bal Gomes disse que, em �poca de elei��o, tem o h�bito de manter 'valores em esp�cie'. "Indagado do motivo pelo qual possu�a R$ 1.3 milh�o em esp�cie na sua casa, em 2010, o declarante afirma que em per�odo eleitoral costumava ter valores em esp�cie consigo."

Ele negou 'haver participado de reuni�es com Renan Calheiros e Paulo Roberto Costa onde tenham sido tratados temas da Petrobras, especialmente aqueles narrados pelo ex-diretor de Abastecimento em sua dela��o premiada.

A PF o questionou sobre o motivo de ter visitado Paulo Roberto Costa na sede da Petrobras mais de quarenta vezes, entre maio de 2007 e dezembro de 2011. "Em sua maioria estas visitas se deram para possibilitar agendas com Paulo Roberto de empres�rios e pessoas que procuravam o declarante a fim de se encontrar com Paulo Roberto Costa. Que tais pessoas que procuravam o declarante se queixavam da dificuldade de falar com Paulo Roberto Costa, �s vezes passando por mais de seis meses de espera."

Ele afirmou que conheceu Renan Calheiros em 1995 ou 1996, atrav�s do irm�o do senador, Olavo Calheiros. Disse que 'n�o possui rela��o de amizade com o senador, sua rela��o com o senador � principalmente partid�ria'.

"Atualmente, Renan Calheiros j� n�o exerce uma influ�ncia t�o grande na bancada do partido na C�mara, uma vez que o partido � atualmente muito homog�neo e a lideran�a de Renan ocorria principalmente nas situa��es de disputas internas."

Os investigadores insistiram em dados sobre os bens do deputado, inclusive a origem da quantia de R$ 1,8 milh�o em esp�cie que constou de sua declara��o � Justi�a eleitoral em 2014. Ele afirmou que 'n�o sabe a origem do dinheiro'. Mais uma vez indicou o contador para esclarecer. Depois, disse que 'nunca teve tal valor consigo'.

"Que o valor que possu�a efetivamente era em tomo de R$ 200 mil: Que n�o sabe por que consta R$ 1.805 milh�o em esp�cie em sua Declara��o de 2014 � Justi�a Eleitoral; Que tal dado pode ser esclarecido por seu contador; Que neste ato se compromete a apresentar a justificativa de seu incremento patrimonial citada nas respectivas Declara��es � Justi�a Eleitoral, assim que o contador conclu�-la."

O peemedebista declarou que � s�cio 'de v�rias pessoas jur�dicas' Mas, questionado sobre o nome dessas empresas das quais se diz s�cio afirmou que 'n�o se recorda'. "N�o possui bens em nome de terceiros, n�o movimenta valores por meio de terceiros", afirmou. O deputado assegurou que 'h� pelo menos dois anos vive exclusivamente com os rendimentos de seu sal�rio como deputado'.


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