A�cio diz que volta da CPMF n�o � aceit�vel

Bras�lia, 14 - Horas ap�s o an�ncio das medidas de corte de gastos e aumento da carga tribut�ria pela gest�o Dilma Rousseff, o presidente do PSDB, senador A�cio Neves, afirmou que n�o � aceit�vel a volta da CPMF. "O governo do PT quer da sociedade um cheque em branco. Pede um voto de confian�a quando continuamente n�o cumpre o que promete", criticou o tucano, em nota.

Para A�cio, os cortes anunciados pelo governo federal - que atingem tamb�m programas sociais - s�o consequ�ncia do que classificou de irresponsabilidade com a qual o governo agiu nos �ltimos anos.

"H� medidas de redu��o de custeio, mas, infelizmente, como j� era esperado, o maior 'esfor�o fiscal' vem do aumento de impostos em plena recess�o", afirmou.

A�cio disse que a sociedade �, mais uma vez, "requisitada a pagar a conta da incompet�ncia e da inoper�ncia de um governo que nos levou a uma situa��o de grav�ssima crise fiscal".

O tucano referiu-se a medidas semelhantes em 12 anos de gest�o petista na Presid�ncia, com ajuste baseado principalmente em aumento de impostos, num pa�s com uma das mais elevadas cargas tribut�rias do mundo.

O presidente do PSDB questionou a aus�ncia de medidas estruturantes no pacote anunciado. "Onde est�o as propostas de mudan�as estruturais que o governo tanto prometeu para reduzir o crescimento das despesas obrigat�rias? N�o foi anunciada uma medida estrutural sequer", protestou.

'Goela abaixo'

O l�der do PSDB na C�mara, Carlos Sampaio (SP), tamb�m criticou a proposta de redu��o do d�ficit fiscal apresentada pelo governo federal. Para Sampaio, o Planalto errou ao n�o anunciar o prometido corte de minist�rios e quer empurrar a conta "goela abaixo".

"Em se tratando de um governo que se reelegeu mentindo aos brasileiros, n�o duvido nada que os cortes em minist�rios e cargos de confian�a n�o saiam do papel. Mais uma vez o governo quer empurrar a conta goela abaixo do contribuinte. O que a presidente Dilma pretende � fazer com que os brasileiros sejam os fiadores do d�ficit pelo qual ela � a principal respons�vel, mas n�o quer pagar a conta, cortando na pr�pria carne", afirmou Sampaio em nota.

No comunicado, o l�der do PSDB diz que a bancada do partido pressionar� o governo a cortar minist�rios e cargos e se posicionar� contrariamente ao aumento da carga tribut�ria.

"Infelizmente estamos diante de um governo sem palavra, que faz o contr�rio do que promete". "O governo quer empurrar os custos para os brasileiros, j� fortemente penalizados com a perda de renda, de empregos e de perspectivas. S�o v�timas de um governo incompetente, irrespons�vel e inoperante, que levou o pa�s ao fundo do po�o", afirmou.

O l�der da Minoria na C�mara, Bruno Ara�jo (PSDB-PE), disse que "a oposi��o n�o vai aceitar a cria��o de uma nova CPMF". "Tudo isso � resultado de uma presidente que n�o estipulou limites para utilizar dinheiro p�blico para vencer as elei��es. A conta � alta", afirmou Ara�jo � reportagem.