Bras�lia, 15 - O l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), admitiu nesta ter�a-feira, 15, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, n�o haver garantias da aprova��o no Congresso da proposta de emenda � Constitui��o (PEC) que recria a CPMF, o principal eixo do novo pacote fiscal lan�ado pelo governo ontem para alcan�ar um super�vit prim�rio de 0,7% do PIB em 2016. "Precisamos trabalhar muito, ainda n�o podemos falar em aprova��o, pelo menos nas atuais circunst�ncias", reconheceu.
Delc�dio disse que o governo ter� de trabalhar bastante para convencer parlamentares da C�mara e do Senado sobre a import�ncia da volta do imposto. Segundo ele, o tributo - extinto pelos senadores em 2007 - ter� papel importante para cobrir o d�ficit da Previd�ncia Social.
Para o petista, o governo ter� de reunir condi��es pol�ticas para votar a mat�ria inclusive com o apoio dos governadores. Na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff promoveu um jantar com 17 governadores e dois vice-governadores no qual sugeriu que pressionassem o Congresso a ampliar para Estados e munic�pios a cota do novo imposto. A PEC da nova CPMF prev� que toda a al�quota de 0,2% v� para a Uni�o. O governo quer que um al�quota adicional, de 0,18%, seja repartida com os entes regionais, assim como ocorria no imposto extinto h� oito anos.
"Eventualmente voc� ampliar a al�quota para atender os representantes estaduais tamb�m", disse ele, ao avaliar como positiva a decis�o do governo de atrelar o imposto do cheque � Previd�ncia Social.
O l�der do governo avaliou que o mercado abriu hoje "inst�vel", embora tenha encerrado ontem "bem". "A impress�o que se tem � que, passado alguns dias, ele tende � estabiliza��o at� porque est� enxergando coisas boas e coisas que acho que faltaram como, por exemplo, a Previd�ncia e os servidores p�blicos", considerou. O governo tamb�m prop�s um adiamento do reajuste dos servidores.
Segundo Delc�dio, o governo, ao longo desta semana ou na pr�xima, vai dar o exemplo e fazer a reforma administrativa, com cortes de gastos e redu��o de minist�rios. "Tenho absoluta convic��o disso".