Bras�lia, 15 - A Federa��o das Ind�strias do Rio Grande do Sul (Fiergs) criticou o pacote apresentado pelo governo federal na segunda-feira, 14, para equilibrar as contas no ano que vem. O objetivo � cortar R$ 26 bilh�es em despesas, aumentar impostos e recriar a CPMF.
O presidente interino da Fiergs, Carlos Bier, disse que as medidas foram recebidas com apreens�o. "� um pacote de alto risco, pois onera o setor produtivo numa situa��o de crise, ou seja, corremos a s�ria amea�a de a economia travar", avalia. Segundo ele, dos R$ 64 bilh�es do ajuste pretendido, menos da metade (40%) recai sobre cortes do setor p�blico. "A maior parte (60%) significa uma nova carga de custos para o setor privado", argumenta.
O industrial alerta ainda que a op��o de retirar tratamentos fiscais a determinados segmentos como a ind�stria qu�mica, al�m de diminuir o Reintegra para os exportadores, se traduz em aumento de custos. "O governo reeleito j� tinha o diagn�stico, ent�o poderia ter feito cortes e n�o esperar nove meses da segunda administra��o consecutiva. Se esse per�odo tivesse sido aproveitado para um corte no tamanho da m�quina p�blica, talvez n�o tiv�ssemos o vexame do rebaixamento da nota internacional do Brasil", ponderou, referindo-se � recente decis�o da ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's.
Ele tamb�m destacou que a situa��o da ind�stria no Rio Grande do Sul ser� ainda mais desafiadora. "Al�m do ajuste nacional, existe a tentativa do ajuste estadual com as mesmas caracter�sticas, ou seja, de sobrecarga no setor privado", explicou.
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Fiergs critica pacote e diz que onerar setor produtivo � um risco
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