
Depois de reuni�o com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou nesta quarta-feira, 16, que o deputado est� "sens�vel" de que o momento n�o � de aumento de imposto. Mais cedo, ao sair de encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Skaf j� havia dito que o senador estava "consciente" de que o momento � inadequado para uma alta da carga tribut�ria.
O representante da ind�stria est� articulando uma frente contra a recria��o da Contribui��o Provis�ria Sobre Movimenta��o Financeira (CPMF) e qualquer outro tributo. Para ele, n�o faltam impostos no Brasil. "O Pa�s tem R$ 2 trilh�es de arrecada��o. Se n�o consegue resolver com R$ 2 trilh�es, n�o vai ser com R$ 2 trilh�es e 30 bilh�es que vai conseguir", afirmou, em refer�ncia ao incremento de arrecada��o que o governo espera com o retorno do tributo (R$ 32 bilh�es).
Skaf disse que a redu��o de gastos da ordem de R$ 26 bilh�es anunciada pelo governo n�o � real, j� que a maior parte dessa cifra corresponde � substitui��o de fontes de pagamentos e posterga��o de reajustes de servidores p�blicos. "O momento � de o governo reduzir seus desperd�cios e seus gastos".
Para o presidente da Fiesp, a cada vez que o governo aumenta um imposto, "novos buracos" v�o surgindo. Ele afirma que a medida, associada � eleva��o de juros e restri��o do cr�dito, cria um ciclo, com retra��o da economia, que obriga a aumentar mais os impostos, que retrai ainda mais a atividade, e assim por diante.