Em meio a uma onda de cr�ticas da oposi��o, da base aliada e de representantes do setor privado contra o retorno da Contribui��o Provis�ria Sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), o ministro da Previd�ncia Social, Carlos Gabas, saiu em defesa da reedi��o do tributo. Para Gabas, a CPMF � democr�tica.
"Sou a favor da CPMF, eu acho que � o tributo mais democr�tico que n�s temos", disse ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. Para o ministro, o tributo atende ao preceito de que quem tem mais, paga mais e quem tem menos, paga menos. "O cara que ganha sal�rio m�nimo, se tiver que pagar CPMF, vai pagar R$ 1,57. As grandes movimenta��es de recursos, que s�o de gente que tem muito dinheiro � que pagariam valores muito altos".
No an�ncio feito na segunda-feira (14), quando foi proposta a reedi��o da CPMF, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, justificou que os recursos v�o financiar gastos da Previd�ncia Social. De acordo com Gabas, a decis�o da aloca��o das verbas foi tomada pelo Minist�rio da Fazenda.
O ministro ressaltou que o Pa�s vive mudan�as demogr�ficas que exigem uma reformula��o no sistema previdenci�rio. "Antes de qualquer crise, n�s j� v�nhamos falando que � preciso adequar as regras � nova realidade do Pa�s", afirmou. Ele n�o quis expor qual o seu posicionamento sobre um modelo ideal. "Vou apresentar no F�rum", disse.
O F�rum de Debates sobre Pol�ticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previd�ncia Social ter� nova reuni�o nesta quinta-feira, 17. O prazo para que o grupo apresente conclus�es e propostas � fevereiro de 2016, mas Gabas disse que � poss�vel que haja uma defini��o antes.
"(Uma proposta de) mudan�a no regime de Previd�ncia vir� no F�rum", declarou. Segundo informou o Broadcast mais cedo, Levy tem defendido, nos bastidores, que o governo encaminhe o quanto antes ao Legislativo uma proposta de reforma da Previd�ncia.
Greve
O ministro da Previd�ncia esteve na noite desta quarta, no Congresso, onde se reuniu com a presidente do INSS, Elisete Berchiol, e grevistas do INSS. Para ele, o acordo com os servidores paralisados fica mais dif�cil ap�s o an�ncio de medidas do governo que preveem adiamento de reajustes e suspens�o de concursos p�blicos.
"O cen�rio fica mais complicado, mas tem que entender. O an�ncio desse monte de medidas � uma prova de que a situa��o n�o est� tranquila", explicou. Gabas ressaltou que trataria apenas de quest�es espec�ficas com os grevistas, j� que a negocia��o geral � feita pelo Minist�rio do Planejamento.