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Estado de Minas

'Ningu�m quer ser um Marcos Val�rio', afirma procurador

Segundo ele, o publicit�rio n�o fez dela��o e foi "um dos poucos" a ficar encarcerado


postado em 17/09/2015 10:49 / atualizado em 17/09/2015 10:59

O procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, usou o caso da condena��o do empres�rio Marcos Val�rio no julgamento do mensal�o para justificar o alto n�mero de dela��es premiadas na investiga��o sobre corrup��o na Petrobras.

"O caso Lava-Jato � fruto de uma conspira��o do universo, uma conjuga��o de fatores altamente improv�veis. Eu poderia citar 20 fatores. Um deles, que fez com que os acordos de colabora��o acontecessem, foi o efeito Marcos Val�rio. As pessoas viram que um caso de repercuss�o gerou puni��o severa ao Marcos Val�rio e n�s obtemos o efeito Marcos Val�rio. Ningu�m quer ser um segundo Marcos Val�rio", afirmou Deltan Dallagnol.

O empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza foi um dos protagonistas do esc�ndalo do mensal�o. Acusado de ser um dos operadores do esquema, ele foi condenado a 37 anos de pris�o por corrup��o ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas. O empres�rio est� preso desde novembro de 2013. Atualmente, cumpre pena na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

Mesmo diante de condena��o t�o elevada, Marcos Val�rio n�o fez dela��o premiada e � um dos poucos que permanece encarcerado. Os mais importantes quadros do PT pegaram penas m�nimas e j� est�o livres.

At� agora, no �mbito do Minist�rio P�blico Federal em Curitiba, foram fechados 28 acordos de colabora��o com investigados na opera��o. As dela��es foram essenciais para a Lava Jato escancarar o pagamento de propinas de empreiteiras a ex-diretores da estatal e pol�ticos.

"Por que neste caso (Lava-Jato) os r�us est�o buscando a colabora��o?", argumentou o procurador. "Se a alternativa no Brasil � a impunidade, por que o r�u vai fazer um acordo de colabora��o em que ele vai reconhecer culpa, vai ter de devolver o dinheiro que desviou dos cofres p�blicos e, ainda por cima, vai fornecer informa��es e provas sobre crimes que ele praticou e que voc� sequer conhecia? N�o existe raz�o para isso."

Para o coordenador da for�a-tarefa da Lava-Jato, � preciso um Judici�rio que "funcione bem". "Se n�s tivermos um sistema funcional, e n�o disfuncional, um sistema de Justi�a criminal eficiente, que funcione bem em outros casos, a alternativa n�o vai ser igualmente a impunidade. Em outros casos, os acordos de colabora��o v�o ser buscados, como foram buscados no caso Lava Jato por r�us. Isso significa que n�s teremos acordo de colabora��o em todo o Pa�s. Teremos Lava-Jato em todo o Pa�s", afirmou.


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