Com medo de sofrer uma nova derrota no Congresso, que desta vez representaria um gasto de pelo menos R$ 128 bilh�es em quatro anos, o governo se mobilizou nesta segunda-feira para tentar adiar a sess�o de aprecia��o de 32 vetos presidenciais, prevista para acontecer nesta ter�a-feira.
Nesta segunda, durante reuni�o da coordena��o pol�tica, o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS) sugeriu � presidente que tentasse junto � base aliada garantir que a vota��o no Congresso seja adiada. O veto mais importante � o que trata do reajuste de at� 78% para os servidores do Judici�rio. Segundo o pr�prio governo, a medida causaria impacto de R$ 25 bilh�es. Outro gasto � referente � aplica��o do reajuste do sal�rio m�nimo a todos os benef�cios do INSS.
Para convencer os parlamentares a n�o derrubar os vetos presidenciais, o governo ainda distribuiu um levantamento com a estimativa das perdas, caso todos sejam derrubados. No entanto, com a dificuldade em conseguir um consenso na base aliada, partiu para a estrat�gia de adiar a vota��o do Congresso. A sess�o plen�ria para o in�cio da an�lise dos vetos foi marcada para 19h. “Eles devem trabalhar mais uma vez com a aus�ncia de qu�rum ao empurrar a sess�o para a noite. �s 11h � o hor�rio mais adequado, mas quando se prorroga, h� atrasos e esvaziamento do plen�rio”, destacou o l�der da minoria no Senado �lvaro Dias (PSDB-PR).
Segundo l�deres da base aliada, a situa��o no Senado � mais favor�vel ao governo, mas ainda assim n�o h� garantia de que os vetos n�o sejam derrubados. J� na C�mara, a derrota seria certa.
Em entrevista nesta segunda-feira, o presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a vota��o do veto presidencial ao reajuste dos servidores do Poder Judici�rio � um assunto preocupante em per�odo de ajuste fiscal. "Concretamente, n�o se deve derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira, de acender f�sforo em tanque de gasolina. Eu n�o sou partid�rio disso”, afirmou.
Com ag�ncias