Delator do esquema Eletronuclear, o empres�rio Victor Colavitti afirmou em depoimento que o s�cio da empreiteira Engevix Jos� Antunes Sobrinho prop�s "formalizar projetos e documento" para apresentar � for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal na Opera��o Lava-Jato.
"Estamos fazendo prova de que n�o s� realizou pagamentos no caso Angra3 at� janeiro de 2015, portanto quando G�rson Almada (outro s�cio da Engevix, preso na 7ª fase da Lava-Jato) ainda estava preso, bem como fazendo prova que entrou em contato com testemunhas para fazer uma opera��o de fato", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da for�a-tarefa da Lava-Jato.
Delator do esquema Eletronuclear, o empres�rio Victor Colavitti afirmou em depoimento que o s�cio da empreiteira Engevix Jos� Antunes Sobrinho prop�s "formalizar projetos e documento" para apresentar � for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal.
"Estamos fazendo prova de que n�o s� realizou pagamentos no caso Angra3 at� janeiro de 2015, portanto quando G�rson Almada (outro s�cio da Engevix, preso na 7ª fase da Lava-Jato) ainda estava preso, bem como fazendo prova que entrou em contato com testemunhas para fazer uma opera��o de fato", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da for�a-tarefa da Lava-Jato.
Victor Colavitti admitiu em dela��o premiada que a Aratec Engenharia, empresa controlada por Othon Luiz, n�o prestou qualquer servi�o para a Link Projetos. Segundo ele, os repasses teriam sido efetuados a pedido da Engevix, sob o pretexto de que n�o poderia efetuar diretamente os dep�sitos na conta da Aratec. O empres�rio declarou � Procuradoria da Rep�blica que foi Jos� Antunes Sobrinho quem pediu a ele que fizesse os repasses � empresa de Othon Luiz - o almirante teria recebido cerca de R$ 30 milh�es em propinas, dos quais pelo menos US$ 4,5 milh�es foram localizados em contas da Aratec, segundo o Minist�rio P�blico Federal.
"Antunes disse ao declarante para n�o ficar preocupado porque iria conseguir formalizar projetos e documentos, inclusive junto � Aratec, e que poderiam sustentar a regularidade dos pagamentos; que Antunes informou providenciaria cerca de vinte a vinte e cinco desenhos com o logotipo da empresa do declarante, para que fossem apresentados ao Minist�rio P�blico Federal", relatou o delator.
O dono da Link Projetos contou que procurou Jos� Antunes Sobrinho, pois estava 'assustado' com a intima��o do Minist�rio P�blico Federal para apresentar documentos sobre a rela��o da Link com a Aratec. Em 20 de julho de 2015, ambos se encontraram em um pr�dio em S�o Paulo.
"L� chegando Antunes j� estava no local, sendo que o declarante (Victor Colavitti) lhe mostrou uma c�pia da notifica��o que havia recebido do Minist�rio P�blico Federal e tamb�m a c�pia do contrato entre Link e Aratec, e disse que estava assustado com esta situa��o; que Antunes disse ao declarante que daria um jeito e que iria resolver isso, j� que o declarante lhe havia feito um favor", disse o depoimento.
O empres�rio afirmou que a conversa durou poucos minutos. De acordo com ele, depois do encontro, Jos� Antunes Sobrinho 'nunca mais' fez qualquer contato. Documentos obtidos pelo MPF confirmaram que o dono da Link Projetos e o s�cio da Engevix estiveram em 20 de julho de 2015 no edif�cio onde Colavitti afirmou que houve o encontro.
"Constata-se ainda que, considerando o que declarou Victor Colavitti e o comprovando encontro entre ambos no dia 20 de julho de 2015, Jos� Antunes Sobrinho mentiu em seu depoimento ao afirmar que "o declarante [Jos� Antunes] n�o tem contato pessoal com o assunto com Victor Colavitti h� mais e um ano", destacou o juiz S�rgio Moro em decis�o que determinou a pris�o preventiva de Jos� Antunes Sobrinho.
Carlos Kauffmann, defesa:
"1. Jos� Antunes Sobrinho foi preso nesta data pelos mesmos fatos que originaram o processo criminal no �mbito da Eletronuclear, sobre os quais ele espontaneamente prestou esclarecimentos �s autoridades competentes;
2. Causa perplexidade que a pris�o tenha sido decretada durante a vig�ncia do prazo de sua defesa, sem que tenha surgido prova ou fato novo que a justificasse;
3. H� v�rios meses o Grupo Engevix est� colaborando com a Controladoria Geral da Uni�o - CGU, visando celebra��o de acordo de leni�ncia, conforme previsto em lei.
4. Jos� Antunes Sobrinho n�o procurou qualquer testemunha para produzir, ocultar ou alterar prova. Ao contr�rio, foi procurado por Vitor Colaviti, em julho passado, antes de saber que havia investiga��o, e se negou a discutir o tema;
5. A hist�ria profissional de Jos� Antunes Sobrinho e de sua atua��o perante a Eletronuclear est�o detalhadas na defesa j� apresentada para o Juiz Sergio Moro, cujo teor ainda n�o foi apreciado.
Carlos Kauffmann"