Bras�lia, 22 - O vice-presidente Michel Temer admitiu nesta ter�a-feira, 22, que ainda n�o h� acordo para a reforma ministerial. No comando do PMDB, Temer prefere que o partido n�o fa�a indica��es e deixe a presidente Dilma Rousseff � vontade para compor a equipe, mas a bancada do PMDB na C�mara quer o Minist�rio da Sa�de, controlado pelo PT.
"� preciso esperar um pouco mais. Vamos dar tempo ao tempo", disse Temer ao jornal O Estado de S.Paulo, ao voltar de um almo�o, no Pal�cio do Jaburu, com amigos do PMDB, entre os quais o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o ex-ministro da Avia��o Moreira Franco e o ex-deputado Geddel Vieira Lima. "Com o tempo, as bancadas se entendem", amenizou o vice.
O l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), deseja que a bancada controle dois minist�rios, sendo um deles a Sa�de. O governo aceita entregar a Sa�de, dependendo do nome indicado, desde que o PMDB lhe d� sustenta��o no Congresso para apoiar o pacote fiscal e barrar eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Quando Dilma foi eleita pela primeira vez, em 2010, o ent�o governador do Rio, S�rgio Cabral (PMDB), chegou a anunciar que S�rgio C�rtes, ent�o secret�rio estadual, seria ministro da Sa�de. Dois dias depois, teve de recuar e Dilma nomeou Alexandre Padilha (PT).
Rea��o
No ano passado, Padilha deixou o minist�rio para concorrer ao governo de S�o Paulo. A cadeira foi ocupada, ent�o, por Arthur Chioro (PT), indicado pelo prefeito de S�o Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Chioro tem o apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e rumores sobre sua sa�da j� provocaram forte rea��o do PT.
Em conversas reservadas, dirigentes do PT dizem que o partido n�o aceita entregar nem Sa�de nem Educa��o e o recado j� foi enviado ao Pal�cio do Planalto. Emiss�rios do Planalto avisaram os petistas, por�m, que precisam do PMDB para manter a governabilidade.
Diante das rea��es negativas no partido sobre a fus�o dos minist�rios do Turismo com Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Dilma n�o deve mais unir essas pastas. Com isso, tudo indica que Henrique Eduardo Alves - homem da confian�a de Temer e do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - continuar� no Turismo.
Apesar dos apelos de Temer para que o PMDB n�o fa�a qualquer indica��o, uma ala do partido no Senado quer desalojar Gilberto Kassab (PSD) do Minist�rio das Cidades e Gilberto Occhi (PP) de Integra��o Nacional, ampliando n�o apenas o seu espa�o na Esplanada como a influ�ncia das pastas comandadas pela legenda.