Bras�lia, 23 - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu � presidente Dilma Rousseff para ela sancionar sem vetos a lei que estabelece o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Dilma, por�m, disse a Cunha que n�o poderia enfrentar uma decis�o do Judici�rio.
O projeto sobre o assunto foi aprovado pela C�mara no come�o deste m�s. A conversa entre Cunha e Dilma ocorreu anteontem, por telefone. � noite ela contou em jantar que teve com a c�pula do PC do B no Pal�cio da Alvorada o que dissera ao presidente da C�mara.
"Eu disse ao Eduardo Cunha que nem eu nem ele podemos fazer um enfrentamento com o Judici�rio", afirmou a presidente, segundo relatou ao Estado um dos presentes no jantar.
Dilma referiu-se � decis�o tomada pelo Supremo Tribunal Federal na semana passada. Por oito a tr�s, o plen�rio da Corte considerou inconstitucionais normas que permitem a empresas doar para campanhas eleitorais. O assunto � permeado de pol�micas desde o come�o do ano, quando o presidente da C�mara empenhou-se em votar uma lei para regulamentar as doa��es de empresas.
O projeto de lei sobre o assunto � o principal - e mais pol�mico - resultado do conjunto de propostas que fizeram parte das vota��es da minireforma pol�tica no primeiro semestre deste ano. Tratou-se tamb�m de uma bandeira pessoal de Cunha. Em maio, quando a proposta foi inicialmente rejeitada pela C�mara, ele fez uma manobra regimental para reapresent�-la e aprov�-la.
Ao passar pelo Senado, a proposta foi rejeitada porque n�o foram conseguidos os 41 votos necess�rios para a aprova��o - o placar ficou 36 a favor e 31 contra. No entanto, como a tramita��o teve in�cio na C�mara dos Deputados, o projeto pode ser restaurado naquela Casa por uma nova vota��o ocorrida no �ltimo dia 9. A decis�o do STF, no entanto, praticamente desautorizou a C�mara.
Cunha n�o quis comentar a conversa que teve com a presidente sobre o assunto. No entanto, segundo ele, Dilma n�o deixou claro que ela ir� vetar a proposta. Se a presidente n�o tomar uma decis�o at� o come�o de outubro, a nova lei n�o ir� valer para as elei��es municipais de 2016.
O fim das doa��es empresariais � uma bandeira dos partidos de esquerda, como o PT, o PC do B e o PSOL.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Dilma indica a Cunha veto � doa��o eleitoral de empresas
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