Investiga��o � de enorme organiza��o criminosa no setor p�blico, diz Janot

Bras�lia - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, defendeu nesta quarta-feira, em sustenta��o no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga��o considerada "bra�o" da Lava-Jato permane�a sob relatoria do ministro Teori Zavascki, na Corte, e do juiz S�rgio Moro, na Justi�a Federal no Paran�. Ao fazer a defesa, Janot afirmou que a investiga��o n�o analisa "dela��es" ou "empresas" isoladamente, mas sim uma organiza��o com v�rios ramos, o que exige a concentra��o de todas as a��es com um mesmo magistrado.

"Existe uma opera��o de mesma maneira, mesmos atores, mesmos operadores econ�micos, que atuaram no fato empresa Consist e no fato empresa Petrobras. N�o estamos investigando empresas nem dela��es, mas uma enorme organiza��o criminosa que se espraiou para os bra�os do setor p�blico", disse o procurador.

O STF discute um caso concreto que envolve a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e fraudes envolvendo a empresa Consist e o Minist�rio do Planejamento. Ind�cios encontrados contra a petista foram encaminhados em agosto por Moro ao STF.

Ao analisar o caso, Zavascki, que � relator da Lava-Jato no Tribunal, enviou o relat�rio para a presid�ncia do Supremo por entender que n�o h� conex�o entre os fatos investigados e as apura��es sobre a Petrobras. O presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski, autorizou a redistribui��o da peti��o, que foi enviada ao gabinete do ministro Dias Toffoli. A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) divergiu e pediu que o caso permanecesse com Zavascki, sob argumento de que os ind�cios contra a senadora foram descobertos em "desdobramento natural" das investiga��es na Lava-Jato e h� "poss�veis liga��es" com os fatos apurados.

De acordo com Janot, o modus operandi na Lava-Jato e no caso Consist � "id�ntico" e a organiza��o criminosa "opera em diversas frentes". Na ter�a-feira, 22, os ministros da 2ª Turma iniciaram a discuss�o sobre quem seria o juiz competente para conduzir as investiga��es a respeito da Consist, mas decidiram levar o caso ao Plen�rio.

A decis�o pode abrir brecha para que advogados questionem a validade dos atos praticados por Moro em casos sem rela��o com o n�cleo central do esquema da Lav-Jato, como investiga��es sobre a Eletrobras. O efeito da decis�o do Supremo provoca temor em investigadores no Paran�, que avaliam que a Opera��o pode ser fragilizada se for "desconcentrada".