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Estado de Minas

Relator diz que TCU encontrou R$ 40 bilh�es em 'pedaladas' nas contas de Dilma


postado em 01/10/2015 15:49

Bras�lia e S�o Paulo, 01 - O relator das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Augusto Nardes, afirmou nesta quinta-feira, 01, em entrevista ao vivo � R�dio Estad�o que vai liberar seu voto para os demais ministros at� o fim do dia. Mesmo sem abrir o voto, Nardes deu demonstra��es claras de sua orienta��o ao comentar as "pedaladas fiscais" e o momento vivido pelo Pa�s:

"As contas presidenciais sempre foram aprovadas com ressalvas pelo TCU nos �ltimos 80 anos e ningu�m tinha coragem de mudar esse quadro. Eu resolvi mudar esse quadro. N�s aqui n�o somos a Gr�cia, que tem a Europa para salv�-la. N�s mesmos temos que resolver os problemas do Brasil", disse Nardes.

Questionado sobre se consideraria as "pedaladas fiscais" opera��es de cr�dito entre a Caixa e o Tesouro Nacional, o que � vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Nardes disse que seguiria o entendimento da �rea t�cnica e citou n�meros levantados pelos auditores do tribunal.

"N�o posso antecipar meu voto, mas posso falar que encontramos R$ 40 bilh�es em pedaladas. Foi utilizado (pelo governo) dinheiro dos bancos, como Banco do Brasil, Caixa e BNDES, para pagar programas sociais do governo. Posso dizer tamb�m que o governo deveria ter contingenciado R$ 38 bilh�es em gastos p�blicos no fim de 2014, mas n�o fez isso", disse Nardes.

O jornal O Estado de S.Paulo apurou que o relat�rio da �rea t�cnica, que tamb�m ser� finalizado hoje, vai considerar as "pedaladas fiscais" um procedimento irregular. O documento, com aproximadamente 300 p�ginas, vai embasar os votos dos ministros no julgamento, que ocorrer� na semana que vem. Segundo Nardes, que n�o quis comentar o relat�rio dos t�cnicos, o julgamento sobre as contas de 2014 ser� realizado na pr�xima quarta-feira.

O ministro tamb�m comentou sobre o quadro geral da economia. "A situa��o do Pa�s � muito grave e todo mundo est� vivendo isso. O desemprego est� aumentando em todo o Pa�s e a perda de confian�a � muito grande. Qualquer cidad�o com conta no banco que deixa de cumprir seus deveres precisa apertar o cinto para fazer os pagamentos devidos de suas contas. O governo tem que fazer a mesma coisa e o ato de contingenciar gastos � exatamente isso", afirmou.

Por fim, o ministro foi questionado quanto � argumenta��o do Advogado Geral da Uni�o (AGU), Lu�s In�cio Adams, que vem defendendo um julgamento t�cnico pelo TCU, sem contamina��o pol�tica. A oposi��o e parte rebelada da base aliada da presidente Dilma Rousseff espera a in�dita rejei��o das contas presidenciais para sustentar um pedido de impeachment de Dilma no Congresso. O pedido de impeachment feito pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale Jr. � baseado justamente nas "pedaladas fiscais".

"O Advogado Geral defender que existe contamina��o pol�tica n�o corresponde � realidade. Todos os funcion�rios do TCU s�o concursados e s�o os auditores que fazem as an�lises t�cnicas tanto das contas quanto da defesa apresentada pelo governo. Eu fa�o um trabalho de interpreta��o e avalia��o, mas meu voto � fundamentado na an�lise t�cnica", disse o relator no TCU.


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