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Estado de Minas

MP da Su��a confirma US$ 5 milh�es na conta de Eduardo Cunha

Minist�rio P�blico do pa�s europeu confirma descoberta de quatro contas do presidente da C�mara dos Deputados. Grupo de parlamentares refor�a pedido de afastamento dele


postado em 02/10/2015 06:00 / atualizado em 02/10/2015 07:34

Eduardo Cunha continua negando que tenha contas na Suíça, mas o Supremo pode considerá-lo réu(foto: Lula Marques/agência PT)
Eduardo Cunha continua negando que tenha contas na Su��a, mas o Supremo pode consider�-lo r�u (foto: Lula Marques/ag�ncia PT)
Bras�lia - Depois que o Minist�rio P�blico da Su��a confirmou que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem US$ 5 milh�es em quatro contas banc�rias, deputados que defendem o afastamento dele do cargo ganharam f�lego. Ontem, at� deputados aliados ao presidente da C�mara confirmaram que est� cada vez mais dif�cil se manter ao lado do peemedebista. O pa�s europeu congelou cerca de US$ 5 milh�es em ativos em nome de Cunha e de parentes. Auditoria interna do banco que guarda esses valores, que n�o teve o nome revelado, foi respons�vel pelo informe que levou � abertura de a��o criminal por suspeita de lavagem de dinheiro. A investiga��o foi enviada pelo Minist�rio P�blico su��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica. Cunha desistiu de viajar ontem para Roma, onde participaria de evento pol�tico, e voltou a negar que tenha contas na Su��a. Em mar�o, durante depoimento � CPI da Petrobras, ele tamb�m negou.

“� inadmiss�vel que a C�mara silencie sobre um ato de tal gravidade. O presidente adotou como estrat�gia se calar, porque, provavelmente, n�o tem como se explicar”, afirmou o l�der do PSOL, Chico Alencar (RJ). Os parlamentares do partido levaram cartazes com os dizeres: “Cunha n�o nos representa na It�lia, na $u��a e nem aqui”, trocando a letra S por um cifr�o. Em agosto, quando o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ofereceu den�ncia por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro contra Cunha ao STF, o grupo liderado pelo PSOL fez um manifesto pedindo o afastamento de Cunha do comando da Casa.

Na ocasi�o, o pedido contou com o apoio de 35 deputados. Agora, s�o 28. Chico Alencar atribui a redu��o ao corporativismo na Casa - houve press�o por parte de partidos da base, como PT e do pr�prio PMDB para que alguns parlamentares retirassem suas assinaturas -, mas acredita que, com a nova den�ncia das contas fantasmas, � poss�vel angariar mais apoio. O PSOL tamb�m ingressou na PGR, no in�cio de setembro, com representa��o na qual pede o afastamento de Cunha do cargo no decorrer das investiga��es da Opera��o Lava-Jato. Cunha � um dos alvos da investiga��o. O argumento utilizado por eles toma por base o primeiro par�grafo do artigo 86 da Constitui��o, que determina afastamento do presidente da Rep�blica de suas fun��es quando den�ncia ou queixa-crime contra ele � enviada ao STF.

A alega��o � que, como presidente da C�mara, Cunha � o terceiro na linha sucess�ria - assume o cargo quando a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, est�o fora do pa�s, por exemplo. Pelo regimento interno, s� h� duas possibilidades de afastar Eduardo Cunha. Uma delas, at� o momento desconsiderada, � a ren�ncia ao cargo. A outra, � a cassa��o do mandato. A bancada do PSOL j� anunciou inten��o de ingressar com pedido de perda de mandato de Cunha no Conselho de �tica, caso o STF o transforme em r�u, conforme den�ncia da PGR. Nesse caso, partidos como o PPS, que at� o momento mant�m postura isenta, afirmam que apoiar�o a causa. O pedido de cassa��o � analisado por um relator, eleito no conselho. O parecer apresentado por ele � votado na comiss�o e segue, na sequ�ncia, para o plen�rio, onde precisa ser avalizado por maioria simples, 257 deputados.

Sem viagem O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que desistiu da viagem que faria a partir � It�lia ap�s autoridades da Su��a enviarem ao Brasil dados de contas secretas que pertenceriam a ele e a seus familiares. O peemedebista tornou-se alvo de um inqu�rito aberto pelo Minist�rio P�blico su��o, em abril deste ano, por suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro. O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, informou que pretende dar continuidade � investiga��o iniciada pela Su��a.

Quatro delatores da Lava-Jato o acusam de receber propina do esquema. Um quinto o aponta como respons�vel por dar a palavra final em uma das diretorias da estatal. Foi por meio de uma dessas dela��es que se chegou � conta na Su��a. O lobista Jo�o Augusto Henriques, ligado ao PMDB, admitiu ter depositado dinheiro numa conta no exterior que, disse ter sabido depois, tinha Cunha como benefici�rio. O pagamento, segundo o lobista, era referente a uma comiss�o pelo neg�cio que levou � aquisi��o, pela Petrobras, de campo de explora��o em Benin, na �frica. “N�o tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que n�o seja a conta que est� declarada no meu Imposto de Renda”, afirmou � CPI. Em sua declara��o entregue � Justi�a Eleitoral, em 2014, Cunha declarou patrim�nio de R$ 1,65 milh�o, incluindo apenas uma conta banc�ria, no Ita�, com saldo de R$ 21,6 mil.

Cunha embarcaria no fim da tarde de ontem para o pa�s europeu, onde passaria por Mil�o e Roma para participar do F�rum Parlamentar It�lia-Am�rica Latina e Caribe. Segundo relatos, ele afirmou que precisa “enfrentar a situa��o” e n�o poderia ser acusado de “estar fugindo” neste momento.


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