S�o Paulo, 02 - No momento em que ocorria o an�ncio da reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff (PT), em Bras�lia, o prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu a medida durante agenda p�blica na manh� desta sexta-feira, 2. Na vis�o do prefeito, a reforma n�o apenas � necess�ria, como "imprescind�vel".
O corte de oito pastas anunciado nesta sexta-feira teve como objetivo, segundo Dilma, ampliar a base do governo no Congresso Nacional e garantir "sustenta��o pol�tica". Da cota do PMDB na C�mara, os deputados Marcelo Castro e Celso Pansera foram confirmados, respectivamente, na Sa�de e na Ci�ncia e Tecnologia. Ao todo, o partido passou de seis para sete minist�rios e aumentou sua representatividade, dado que a Esplanada agora tem 31 pastas, e n�o mais 39.
"A reforma � necess�ria. E diria mais: a reforma � imprescind�vel. A reforma tem que espelhar a base de apoio do governo. N�o faz sentido um ministro lutando contra a orienta��o da presidente. Tem que ter uma concilia��o dentro do governo. Ningu�m pode desautorizar o chefe do Executivo. Tem que ter um time que execute suas determina��es", afirmou Haddad.
Questionado sobre o nome de Marcelo Castro (PMDB) para a pasta da Sa�de, Haddad evitou comentar a escolha, mas apoiou Dilma. "A presidenta tem suas raz�es. Est� compondo a sua equipe e ela � a chefe do Executivo. Quem nomeia ou demite � o chefe do Executivo". Em seguida, o prefeito disse que n�o quer "prejulgar ningu�m".
Sobre Aloizio Mercadante, que sai da Casa Civil e retorna para o Minist�rio da Educa��o, Haddad disse que "a presidenta deve julgar como bom o desempenho dele" na gest�o da pasta. "� uma pessoa que n�o est� chegando agora no minist�rio. Na Casa Civil, nunca perdeu contato com a pasta. Quero crer que n�o tenha solu��o de continuidade", afirmou o prefeito, cujo sucessor no MEC foi justamente Mercadante.
Altera��es
Jaques Wagner vai para a Casa Civil, no lugar de Mercadante. Para o Minist�rio da Defesa, ser� Aldo Rebelo. O ministro Helder Barbalho deixou a Pesca para a Secretaria dos Portos. A Secretaria de Governo ser� dirigida por Ricardo Berzoini, que at� ent�o comandava o Minist�rio das Comunica��es que passar� para as m�os de Andr� Figueiredo.
Trabalho e Previd�ncia, unidas em uma s� pasta, ficar�o com Miguel Rossetto. J� o Minist�rio das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos - tamb�m unificado - ser� de Nilma Lima.
Entre os an�ncios, est�o a redu��o nos sal�rios de todos os ministros em 10% e o corte de 3 mil cargos comissionados. Os vencimentos da presidente e do vice Michel Temer tamb�m cair�o em 10%.