A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o presidente nacional do DEM, senador Jos� Agripino Maia (RN), suspeito de cometer os crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com fontes com acesso �s investiga��es. O senador � suspeito de combinar o recebimento de propina com executivos da construtora OAS com valores desviados das obras de Arena das Dunas, est�dio no Rio Grande do Norte que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
No entendimento da Procuradoria, o caso n�o tem vincula��o com a Lava Jato e, por isso, n�o deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki, relator das investiga��es sobre o esquema de corrup��o na Petrobras na Corte. O pedido de abertura de inqu�rito ser� encaminhado � presid�ncia do Supremo para ser redistribu�do. O caso � mantido oculto no sistema do Tribunal.
A Arena das Dunas foi colocada � venda em mar�o deste ano pela OAS, respons�vel pela obra, menos de um ano depois dos jogos. A medida fez parte de um pacote da construtora para evitar preju�zos junto aos credores. Com d�vida de R$ 8 bilh�es, a companhia enfrenta dificuldades de cr�dito no mercado desde que foi vinculada ao esquema de corrup��o na Petrobras investigado pela Opera��o Lava Jato.
O est�dio potiguar custou R$ 423 milh�es e foi constru�do por meio de uma parceira p�blico-privada. Desse total, R$ 100 milh�es foram financiados pela OAS; o restante, pelo Governo do Rio Grande do Norte via BNDES.
Procurado, o senador disse que ainda n�o foi notificado sobre a investiga��o. "A acusa��o � absurda, inver�dica e descabida. Se ela existe, eu vou me colocar � disposi��o do judici�rio para prestar as informa��es necess�rias", afirmou o presidente nacional do DEM ao jornal O Estado de S.Paulo.
Investiga��o antiga
Em mar�o, o STF abriu um inqu�rito contra Agripino, suspeito de ter cobrado propina no valor de R$ 1 milh�o para permitir um esquema de corrup��o no servi�o de inspe��o veicular do Rio Grande do Norte. O parlamentar foi citado em dela��o premiada de um empres�rio do Estado. O caso est� sob relatoria da ministra C�rmen L�cia e tramita em segredo de justi�a no Tribunal.