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Estado de Minas

Neg�cio da Petrobras na �frica irrigou contas de Cunha e esposa


postado em 09/10/2015 21:01

Bras�lia, 09 - Documentos enviados pelo Minist�rio P�blico da Su��a ao Brasil comprovam que um neg�cio de US$ 34,5 milh�es de d�lares fechado em 2011 pela Petrobras, em Benin, na �frica, serviu para irrigar as quatro contas que t�m o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua esposa, Cl�udia Cordeiro Cruz, como benefici�rios.

O "giro do dinheiro", como classificam os investigadores sobre o caminho para chegar at� o parlamentar, � considerado mais interessante do que o valor bloqueado pelas autoridades su��as em 17 de abril, no total de 2,468 milh�es de francos su��os. Convertido em reais pelo c�mbio atual, o montante corresponde a R$ 9,638 milh�es. Cunha tem negado reiteradas vezes a exist�ncia de contas no exterior em seu nome. Procurado nesta sexta-feira, 9, n�o se manifestou a respeito das investiga��es.

O caminho do dinheiro come�a no pagamento da Petrobras � petroleira africana Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), que celebrou em Benin a venda de 50% de um bloco de petr�leo � estatal brasileira. A conta da empresa tem como titular o brasileiro Idal�cio de Oliveira, que repassou US$ 31 milh�es � Lusit�nia Petroleum Ltd, controladora da CBH, que permaneceu com a outra metade do bloco. De acordo com as investiga��es, a conta da Lusit�nia est� em nome de Idal�cio. Por meio desta conta foram destinados US$ 10 milh�es, em maio de 2011, ao empres�rio Jo�o Henriques.

Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema de corrup��o na Diretoria Internacional da Petrobras, disse em depoimento � for�a-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, que fez uma transfer�ncia banc�ria a um pol�tico no �mbito de um contrato da estatal para aquisi��o do campo de explora��o em Benin.

O material su��o enviado � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) confirma cinco repasses feitos por Henriques para uma das contas em nome de uma das tr�s offshores que t�m Cunha como benefici�rio, no valor total de 1,3 milh�o de francos su��os. No total, Cunha abriu tr�s contas em nome das offshores Orion SP, Netherton Investments Ltd e Triumph SP, todas no banco su��o Julius Baer. A primeira recebeu o dinheiro do operador do PMDB, no m�s seguinte ao neg�cio na �frica, e alimentou as outras duas.

Um dos documentos usados pelo parlamentar para conseguir registrar as contas � o seu passaporte diplom�tico. Os registros mostram ainda endere�o de Cunha na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Al�m dos repasses de Henriques, as contas das offshores de Cunha receberam valores de chamadas "contas de cust�dia", sediadas, por exemplo, no Merrill Lynch International. A suspeita de investigadores � que estas sejam meras "contas de passagem", utilizadas por exemplo para operadores viabilizarem a chegada do dinheiro ao destinat�rio final. Desde quarta-feira, 7, a PGR recebeu os documentos e iniciou a investiga��o para chegar aos dados que n�o foram apurados pela Su��a.

Os documentos - como extratos banc�rios - foram encaminhados em alem�o ao Brasil e as comunica��es diplom�ticas do Minist�rio P�blico su��o, em franc�s. Investigadores brasileiros calculam em ao menos 15 dias o tempo para fechar a primeira etapa da an�lise das contas do parlamentar e decidir pela abertura de um inqu�rito perante o Supremo Tribunal Federal ou oferecimento direto de uma den�ncia � Corte.

As autoridades su��as conseguiram bloquear apenas duas das quatro contas ligadas ao parlamentar. Isso porque o deputado encerrou as outras duas em abril e em maio do ano passado, ap�s o in�cio das investiga��es da Opera��o Lava Jato. Nos registro da Netherton Investments, que tem sede em Cingapura, a Su��a congelou 2,322 milh�es de francos su��os. A conta � considerada a principal pelos investigadores.

J� a quarta conta ligada ao peemedebista, que tamb�m teve saldo bloqueado, tem a esposa de Cunha como titular e recebeu o nome fantasia de Kopek. O saldo em conta bloqueado neste caso foi de 146,375 mil francos su��os.

As quatro contas foram abertas entre maio de 2007 e setembro de 2008. Anos antes, portanto, do recebimento dos valores oriundos do neg�cio da �frica. Investigadores brasileiros apuram a partir de agora como os neg�cios foram irrigados antes de 2011 e a exist�ncia de poss�veis outras contas ligadas ao deputado.


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