Bras�lia, 09 - O ministro e relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, negou nesta sexta-feira, 9, um pedido liminar (urgente) de liberdade provis�ria do empres�rio Adir Assad. O lobista est� preso desde mar�o no Paran� "para garantir a ordem p�blica", segundo o Tribunal Regional Federal de Curitiba. Ele � acusado por forma��o de quadrilha e por usar as pr�prias empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar o pagamento de propinas em obras da Petrobras.
De acordo com a defesa do lobista, o habeas corpus deveria ser concedido porque os crimes pelos quais � acusado foram cometidos h� mais de tr�s anos, o que invalidaria a necessidade da pris�o preventiva. A defesa argumenta tamb�m que Assad desconhece os demais investigados pela opera��o da Pol�cia Federal, "inclusive os integrantes da suposta quadrilha de que foi acusado de formar".
Teori rebate a defesa do lobista, e diz que crimes de corrup��o de qualquer natureza justificam a decreta��o da pris�o preventiva de qualquer natureza. Na decis�o, o ministro anexa informa��es obtidas pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) que demonstram o envolvimento do empres�rio no esquema de corrup��o da Petrobras.
Cinco empresas ligadas a Assad receberam R$ 1,2 bilh�o oriundos de propinas da petroleira, segundo investiga��es da Pol�cia Federal. Em tr�s delas, o empres�rio figura como s�cio e admite participa��o no esquema; mas, nas outras duas, ele nega envolvimento. A for�a-tarefa da Lava Jato suspeita, no entanto, que era ele quem controlava a movimenta��o do dinheiro sujo.
Assad mantinha empresas nas �reas de engenharia e marketing - uma delas trouxe ao Brasil shows como o da cantora americana Beyonc� e da banda irlandesa U2.