Bras�lia - O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve adiar a divulga��o de seu parecer a respeito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale J�nior.
A ideia inicial era que, diante do indeferimento articulado por Cunha com a oposi��o, o recurso ao plen�rio seria apresentado at� quinta-feira, 15. Agora, os oposicionistas n�o devem mais apresentar o questionamento � decis�o do peemedebista nesta semana, retardando o in�cio de um eventual processo contra a petista.
Diante da fragilidade crescente de Cunha em raz�o das den�ncias de seu envolvimento na Opera��o Lava Jato, os oposicionistas pressionavam o presidente da C�mara para que ele acelerasse a abertura do processo de impeachment. Ontem � noite, receberam do peemedebista a promessa de que ele faria o que havia combinado inicialmente: indeferir o pedido para que um recurso fosse apresentado em plen�rio.
Ao sair da reuni�o feita na noite de segunda-feira, 12, no apartamento funcional do l�der do Solidariedade, Arthur Oliveira Maia (BA), dois deputados oposicionistas disseram ao jornal O Estado de S. Paulo que entendiam o risco do adiamento da manifesta��o de Cunha, mas que era prefer�vel esperar a dar brecha a questionamentos do governo, j� que o requerimento n�o apresenta de forma consistente as pedaladas praticadas em 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma.
Al�m de Oliveira Maia, participaram da reuni�o o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a (SP), e os l�deres do DEM, Mendon�a Filho (PE), do PPS, Rubens Bueno (PR), do PSB, Fernando Filho (PE), e da Minoria, Bruno Ara�jo. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tamb�m participou, mas saiu antes dos demais. O l�der do PSDB, Carlos Sampaio (SP), n�o participou do encontro porque estava focado na reda��o do aditamento.
Para a oposi��o, o argumento de que o atraso nos repasses de dinheiro do Tesouro Nacional a bancos p�blicos ocorreu tamb�m em 2015 derruba o discurso de Cunha de que n�o se poderia abrir processo com base em irregularidades cometidas no mandato anterior de Dilma. Na semana passada, o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) emitiu parecer recomendando, por unanimidade, a rejei��o das contas do primeiro mandato da petista com base nas "pedaladas" de 2014.
Nesta ter�a-feira, os l�deres da oposi��o devem se reunir entre si e tamb�m com Cunha. Os deputados avaliam pressionar o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, a apresentar as provas que diz ter contra o presidente da C�mara.
O Minist�rio P�blico Federal recebeu do Minist�rio P�blico da Su��a documentos que comprovariam que Cunha e familiares t�m contas banc�rias naquele pa�s.