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Estado de Minas

Dono da Exergia diz � CPI ser amigo de Lulinha, mas nega tr�fico de influ�ncia


postado em 15/10/2015 16:01 / atualizado em 15/10/2015 17:08

Bras�lia, 15 - O empres�rio Taiguara Rodrigues dos Santos, dono da empresa de engenharia Exergia Brasil, confirmou nesta quinta-feira, 15, ser amigo do filho do ex-presidente Lula, F�bio Lu�s Lula da Silva, o Lulinha, mas negou que o ex-presidente ou seu filho tenham exercido tr�fico de influ�ncia para que sua companhia conseguisse contratos em Angola, na �frica. Em depoimento na CPI do BNDES na C�mara, o executivo disse ter contato com Lula, mas n�o se considera amigo, embora seu pai, que foi cunhado do ex-presidente, tenha sido "muito amigo" do petista.

Aos deputados do colegiado, Santos confirmou tamb�m que a Exergia Brasil firmou dois contratos com a Odebrecht, empreiteira envolvida nas investiga��es da Opera��o Lava Jato: um no valor de US$ 280 mil, para prestar servi�os em Angola, e outro contrato de US$ 750 mil. O empres�rio negou, contudo, ter fechado um contrato de US$ 1 milh�o, como circulou na imprensa. No depoimento, o executivo ainda negou conhecer algu�m do BNDES e disse que n�o sabia que a obra executada por sua empresa no pa�s africano possu�a financiamento do banco de fomento. O empres�rio recebeu entre US$ 1,8 milh�o e US$ 2 milh�es pelos servi�os prestados � Odebrecht em Angola


Taiguara foi convocado � CPI do BNDES ap�s reportagem publicada pela revista Veja, em fevereiro deste ano, insinuar que Lula e seu filho teriam exercido influ�ncia pol�tica para a Exergia Brasil conseguir contratos em Angola. A mat�ria afirmava que a empresa teria sido contratada pela Odebrecht para trabalhar na amplia��o e moderniza��o da hidrel�trica de Cambambe, no pa�s africano. O acordo entre a Exergia e a Odebrecht, segundo a reportagem, teria sido formalizado no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu um financiamento no BNDES para realizar um projeto na �frica.

"Lula foi casado com minha tia, irm� do meu pai", afirmou Taiguara, negando que isso signifique que ele seja sobrinho do ex-presidente, como a imprensa vem noticiando. O executivo afirmou, contudo, que � amigo de Lulinha, com o qual o empres�rio confirma ter feito uma viagem a Cuba. Segundo ele, a viagem teve como objetivo prospectar neg�cios, mas que nenhum contrato teria sido firmado. Taiguara afirmou que, se tivesse havido tr�fico de influ�ncia a seu favor pela parte de Lula ou de seu filho, ele teria fechado "30 em cada 31 contratos".

Em rela��o a Angola, o dono da Exergia Brasil afirmou que as oportunidades de trabalho naquele pa�s apareceram "com o passar dos anos". O executivo contou que, em 2007, foi convidado pelo empres�rio paulista Nivaldo Moreira, da companhia Morelate, para atuar no fornecimento de pe�as para �nibus e caminh�es no pa�s africano juntamente com o empres�rio portugu�s Jo�o Germano. De acordo com Taiguara, somente em 2009 a Exergia foi aberta, da qual ele detinha 49% da sociedade, sendo o restante da participa��o do empres�rio portugu�s.

Questionado por integrantes da CPI como o grupo portugu�s topou sociedade com ele, sem que ele tenha entrado com qualquer capital inicial, o executivo afirmou que foi escolhido pela sua habilidade como bom vendedor, uma vez que seu principal papel na companhia seria "vender" a empresa. Ele disse atuar como vendedor desde os 14 anos. Parlamentares de oposi��o se mostraram irritados com a resposta do propriet�rio da Exergia Brasil, que confirmou ser s�cio de outras tr�s empresas. Segundo ele, as companhias n�o est�o em opera��o, bem como n�o atuaram em Angola.

O empres�rio disse ainda que a Exergia � uma empresa pequena. Segundo ele, de 2011 a 2015, o faturamento da companhia n�o chegou a R$ 2 milh�es por ano. "Infelizmente n�o sou um grande empres�rio", disse. Taiguara confirmou que comprou um apartamento duplex com financiamento da Caixa Econ�mica Federal e um ve�culo de luxo da marca Land Rover. Ele alegou, contudo, que, desde meados do ano passado, vive em situa��o econ�mica dif�cil, tendo "muitas d�vidas". De acordo com o empres�rio, seu apartamento corre o risco de ir a leil�o. "A Exergia Brasil est� h� muito tempo sem contratos", disse.

Durante o depoimento, que durou cerca de 4 horas, Taiguara aceitou a quebra dos sigilos fiscal, telef�nico e banc�rio de sua empresa, solicitada pelo deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O empres�rio comentou ainda que n�o recebeu nenhuma notifica��o ou intima��o do Minist�rio P�blico no �mbito de investiga��o a seu respeito. O executivo disse estar sabendo apenas pela imprensa que est� sendo investigado pelo MP. "Est� me incomodando aqui o menosprezo � minha pessoa o tempo todo", disse.


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