
Diante das negativas, o deputado mineiro perguntou se Coutinho abriria m�o do seu sigilo telef�nico. "Ceder o sigilo telef�nico � CPI n�o � decis�o minha, mas uma prerrogativa da comiss�o", limitou-se a responder.
Coutinho tamb�m afirmou n�o haver inger�ncia de Dirceu em nenhum dos projetos tratados pelo BNDES. Condenado no caso do mensal�o, Dirceu foi preso novamente no �mbito da Opera��o Lava-Jato. “Mas n�o sei se Z� Dirceu participou de algum processo quando era ministro da Casa Civil, j� que o minist�rio tem assento nos conselhos do banco”, ponderou.
Ele voltou a dizer que o ex-presidente Lula tamb�m n�o tem influ�ncia sobre os contratos firmados pelo banco. Os parlamentares levantaram coincid�ncias entre os pa�ses que receberam financiamentos do BNDES e aqueles que s�o alvo das a��es do Instituto Lula na Am�rica Latina e na �frica.
“A pol�tica de exporta��o � uma pol�tica de busca de mercado pelas empresas brasileiras. O BNDES n�o participa de tratativas no exterior para obten��o de contratos, que s�o firmados pelas empresas privadas”, afirmou. “Nunca houve interfer�ncia do presidente Lula nesses processos junto ao BNDES. Quest�es relativas �s atividades do ex-presidente devem ser esclarecidas pelo Instituto lula, n�o posso responder pela institui��o”, completou.
O presidente do BNDES negou que o banco priorize investimentos feitos em outros pa�ses, como Cuba e Venezuela. Esse questionamento gerou um princ�pio de bate-boca entre parlamentares da oposi��o e da base do governo. “Os n�meros mostram que a infraestrutura no Brasil � mais importante que cr�dito a outros pa�ses. O cr�dito a exporta��o de servi�os de engenharia � menor que 2% dos desembolsos do BNDES”, respondeu.
Apesar de estar na condi��o de convidado na CPI, Coutinho disse que n�o tem problemas em se comprometer a dizer somente a verdade, como juram os depoentes que s�o convocados para falar na comiss�o.