(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cunha perde apoio no Conselho de �tica


postado em 18/10/2015 09:07

Bras�lia, 18 - O isolamento do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diante do agravamento das den�ncias contra ele nos �ltimos dias j� produz reflexos no Conselho de �tica, que deve analisar seu processo por quebra de decoro parlamentar. Aliados calculam que, em menos de 24 horas, ele perdeu cerca de metade dos votos que tinha no colegiado e agora ter� de apostar em manobras regimentais para evitar a perda do mandato e, consequentemente, do foro privilegiado.

O caso de Cunha chegou ao Conselho de �tica gra�as a uma representa��o feita pelo PSOL e pela Rede com base em acusa��es da Procuradoria-Geral da Rep�blica de que ele manteria contas secretas na Su��a. Cabe ao colegiado aprovar parecer indicando a cassa��o ou a manuten��o do mandato, ap�s uma investiga��o. O julgamento sobre o destino pol�tico do parlamentar � tarefa do plen�rio.

Aliados do peemedebista contabilizavam na noite de quinta-feira de 11 a 14 votos a favor de Cunha entre os 21 titulares do conselho - o presidente vota, mas s� em caso de empate. Na tarde do dia seguinte, ap�s a divulga��o dos documentos que refor�am que o presidente da C�mara possui contas na Su��a, o c�lculo girava em torno de apenas cinco apoios. Foram colocados em d�vida votos de PP, PSD e PR, antes considerados favor�veis. Os votos dos deputados do DEM (1), do PSDB (2) e do PPS (1), para alguns parlamentares, permanecem uma inc�gnita.

O Conselho de �tica n�o permite troca de seus 21 membros, a n�o ser em situa��o de ren�ncia ou morte. Em caso de aus�ncia, o titular � substitu�do por um suplente do mesmo partido. Faltam ser preenchidas duas vagas de supl�ncia no bloco do PT e duas no do PSDB.

Al�m das suspeitas crescentes, a perspectiva de judicializa��o de movimentos de Cunha em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff esvaziou qualquer ensaio de aproxima��o do PT e de aliados do governo com o peemedebista para salv�-lo. Diante da instabilidade do momento, deputados discutem a situa��o de Cunha apenas nos bastidores.

Segundo um correligion�rio do presidente da C�mara, o deputado perdeu o voto daqueles que sustentavam o apoio na cren�a de que n�o havia provas ou de que elas n�o apareceriam at� o fim do julgamento. Este peemedebista diz que a revela��o dos documentos "tira o conforto de quem quer ajud�-lo" e que, agora, Cunha passa a contar apenas com parlamentares que n�o precisam dos chamados "votos de opini�o" para se eleger.

Para ilustrar a situa��o de Cunha, um deputado do PMDB diz que os aliados caminharam com o presidente at� a "beira da cova", mas "agora a cova chegou e ningu�m vai pular com ele".

Um l�der da oposi��o diz acreditar que o peemedebista s� conseguir� obter sucesso em caso de acordo ou se o processo no conselho n�o for de fato aberto, pois, no plen�rio da C�mara, o presidente da Casa perderia a vota��o. O processo s� n�o � aberto em caso de in�pcia (quando n�o atende �s exig�ncias das normas regimentais) ou falta de justa causa da representa��o apresentada, aspectos que ser�o analisados pelo colegiado. J� um governista pr�ximo de Eduardo Cunha diz que o cen�rio � imprevis�vel e que "pode ser que amanh� a situa��o dele fique menos ruim", o que lhe devolveria alguns votos.

Manobras.

Profundo conhecedor das regras da Casa, Cunha ainda tem a seu favor a possibilidade de adotar manobras protelat�rias e suscitar discuss�es que podem alongar o processo no Conselho de �tica, contrariando os planos do presidente do colegiado, deputado Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA), que diz pretender concluir a an�lise do caso do presidente da C�mara ainda neste ano.

"Quero fazer o mais r�pido poss�vel. Quanto mais r�pido eu sair deste problema, melhor para mim", disse Ara�jo. Ele pretendia come�ar os trabalhos j� nesta semana, mas deve ter que esperar mais alguns dias. A Mesa Diretora tem at� tr�s sess�es ordin�rias para devolver representa��o contra Cunha ao colegiado, para que o processo seja aberto. No entanto, s� h� duas sess�es marcadas para esta semana. A terceira est� prevista apenas para a outra ter�a-feira, no dia 27, segundo a Secretaria-Geral da Mesa.

De acordo com o C�digo de �tica da C�mara, o relator do processo deve ser escolhido pelo presidente do conselho a partir de tr�s nomes de integrantes do colegiado sorteados.

Em nota divulgada anteontem, Cunha se disse alvo de persegui��o. "Alguma vez na hist�ria do Minist�rio P�blico um procurador-geral respondeu a of�cio de partido pol�tico da forma como foi respondido com rela��o ao presidente da C�mara, em tempo recorde para ser usado em uma representa��o ao Conselho de �tica?", questionou. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)